Aos 25 anos, Arthur Zanetti é um dos poucos atletas brasileiros a ter no currículo: medalhas de ouro olímpica e pan-americana e título mundial. O ginasta conseguiu finalmente fechar o ciclo na última terça-feira ao ser o vencedor da prova de argolas, realizado no Coliseu de Toronto , pelos Jogos Pan-Americanos.
Chamado de “Rei Arthur das Argolas” , o brasileiro foi campeão olímpico em Londres 2012, campeão do mundo na Antuérpia no ano seguinte, mas restava a medalha de ouro do Pan para fechar o currículo. “Era o que faltava para minha coleção. Estou muito feliz e só tenho agradecer a todos envolvidos comigo. (Essa medalha) Estava engasgada com certeza e um resultado que eu queria muito ter. Em 2011, eu não consegui. Mas dessa vez eu fui atrás de novo e deu certo”, disse Zanetti, que havia perdido o ouro no Pan de Guadalajara para o americano Brandon Wyin.
Apesar de admitir que não fez uma série perfeita, Zanetti somou 15,725 e foi o suficiente para comemorar o título pan-americano. Em segundo lugar ficou o americano Donnie Whittenburg (15,525), seguido pela revelação cubana Manrique Larduet (15,400). “A prova foi de alto nível aqui. Eu me surpreendi bastante, porque achava que o americano que poderia tirar meu resultado iria ficar mais atrás (na pontuação), mas ele fez uma boa prova e me surpreendeu bastante”, completou.
O ginasta brasileiro afirmou que não terá muito tempo de descanso. A preparação agora será para o Mundial de Ginástica , em Glasgow (Escócia), de 23 de outubro a 1º de novembro, e o Brasil brigará para ficar entre os oito primeiros para poder disputar a prova por equipes nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, no próximo ano.
“Depois do Pan agora o objetivo simplesmente muda. È ir em busca do resultado por equipes”, disse Zanetti, que já admitiu em qual aparelho precisa melhorar. “Principal foco é o salto, porque tenho de evoluir. Nas argolas, já sei que a média (de desempenho) é 15,7 a 15,9. Tenho de melhorar nisso e também no salto”, completou.
Com o ciclo completo, Zanetti afirmou que pensa em tudo por fase como cada competição como preparação para a seguinte, mas afirmou que será muito complicado repetir a façanha e conquistar todas as grandes competições novamente. “Ganhar tudo de novo é muito difícil. Ser bi em tudo vai ser muito mais complicado. Vamos ver… pode ser sim como pode ser que não”, completou.
Fonte: Terra