Marianne foi a única mulher a integrar a equipe do arquiteto Oscar Niemeyer na construção da capital e tem obras em vários pontos da cidade.
Por meio de nota, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Humberto Martins, lamentou a morte da artista.
“Hoje é um dia de luto para todo o Tribunal da Cidadania, que se despede de uma das mentes mais brilhantes por trás da estética ímpar dos seus traços arquitetônicos. Após cumprir com maestria a sua missão na Terra, a notável artista plástica Marianne Peretti deixa ao Superior Tribunal de Justiça um legado eterno de ousadia e genialidade em obras-primas como a impressionante fachada da corte superior e a imponente escultura Mão de Deus”, diz o comunicado.
Obra
Marianne Peretti nasceu em Paris, em 1927, e naturalizou-se brasileira na década de 1950, quando se mudou para São Paulo e passou a investir na carreira artística. Na Europa, ela já havia feito ilustrações para livros, mas, em solo brasileiro, dedicou-se a vitrais, painéis, esculturas e relevos para edifícios.
Há vitrais da artista na Catedral de Brasília, na capela do Palácio do Jaburu, no Superior Tribunal de Justiça, na Câmara dos Deputados, no Panteão da Pátria e da Liberdade e no Memorial Juscelino Kubitschek.
Há obras da artista em vários prédios de Oscar Niemeyer em outras partes do Brasil e do mundo: na sede da Revista Manchete (Rio de Janeiro), no Edifício Burgo (Turim, Itália) e na Maison de la Culture du Havre (Le Havre, França). Em Paris, está exposto seu primeiro vitral, feito para a Câmara Sindical de Eletricidade, no Boulevard Voltaire.
Seus desenhos ilustraram livros como La Grèce, de Dore Ogrizec, e o Almanach de Saint-German-des-Près.
Edição: Nádia Franco