A polícia apreendeu um adolescente de 15 anos na tarde desta segunda-feira (10), apontado como suspeito de ser o autor do latrocínio contra o policial penal aposentado e taxista Francisco Célio Pereira, de 71 anos. O crime ocorreu na última quarta-feira (5) e, conforme informações da polícia, o suspeito teria disparado quatro tiros na vítima.
O delegado Danúbio Dias, responsável pela investigação, revelou que o crime aconteceu em um intervalo de 20 segundos, entre a chegada do táxi ao destino, no bairro Torquato Neto, zona Sul de Teresina, e a saída do suspeito do veículo. A família da vítima relatou que o taxista fez um vídeo durante a viagem, indicando que ele suspeitava de um possível assalto. O vídeo mostra o suspeito no banco de trás do táxi, mexendo no celular.
“Podemos pressupor que a vítima talvez tinha a consciência de que aquele indivíduo quisesse assaltá-lo. Podemos pressupor isso porque a vítima, para se acautelar, chegou a filmá-lo”, disse o delegado.
A mãe do suspeito de matar o taxista mora a cerca de 400 metros do local onde o crime ocorreu. Segundo o delegado, o autor cometeu o crime e roubou a arma do taxista, que era um policial penal aposentado. Logo após, o adolescente embarcou no táxi às 14h09 e o veículo estacionou na quadra C do conjunto Torquato Neto às 14h33. A ação aconteceu em 20 segundos. Após o crime, ele desceu do carro, possivelmente com a arma na mão direita, colocou-a na cintura, dobrou à esquerda e correu para a casa de sua mãe.
Suspeito liberado
A defesa do adolescente decidiu apresentá-lo à polícia. A apreensão aconteceu no bairro Parque Alvorada, em Timon, onde estava escondido na casa da avó. Logo após, o adolescente preferiu ficar em silêncio durante os questionamentos da polícia e será internado em uma unidade para menores. De acordo com o delegado, ele passou por outras três vezes por receptação. O menor foi liberado por não se tratar de crime com violência.
Sabrine Pereira, filha da vítima, soube da apreensão do suspeito enquanto estava no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) para retirar o táxi do pai, que estava no local para perícias. Ela falou sobre a dor da perda do pai e a necessidade de resolver as pendências relativas ao crime.
“A dor é latente, a angústia não passa. Estou aqui tentando resolver as coisas que precisam de solução, mas só Deus sabe como eu estou”, disse Sabrine.
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