Passados quatro meses da nova administração no Hospital Regional Dr. Francisco Ayres Cavalcante, em Amarante, o diretor da instituição, Francisco Nunes Neto (Chico Neto) assegura que as melhoras que vem acontecendo são visíveis, a iniciar pela humanização, voltada tanto ao quadro de profissionais quanto aos usuários dos serviços prestados pelo hospital.
O portal Somos Notícia fez questionamentos ao diretor acerca das dificuldades enfrentadas pelos usuários do Sistema Único de Saúde(SUS), relacionadas aos atendimentos, de modo específico, ao horário de entrada e saída dos plantonistas.
Chico Neto foi incisivo ao reconhecer que muito ainda precisa ser feito nesse quesito e confessa que há problemas que superam a sua boa vontade enquanto diretor e a dos demais membros da diretoria, a exemplo do horário dos plantonistas. “Talvez tenha sido esse o maior problema que enfrentamos. Não há um médico que queira trabalhar de forma exclusiva em qualquer município do interior do nosso estado, de modo específico aqui em Amarante”. A justificativa, segundo ele, está na oferta de outros empregos a esses profissionais em Teresina e em outras regiões de maior desenvolvimento.
A humanização, segundo o diretor, tem contribuído bastante para a diminuição dessa dificuldade. “É um problema que envolve toda a saúde pública do nosso estado. A gente não consegue fazer com que esses médicos venham trabalhar definitivamente aqui em Amarante. O bom relacionamento tem proporcionado melhorias nesse quesito.”
Em relação às queixas dos usuários nos atendimentos, o diretor assegura que, apesar da diminuição, a maior parte das reclamações tem partido de quem não é atendido em suas necessidades básicas de saúde. “Tem postos de Saúde que não funcionam há meses, a exemplo da comunidade Saco da Cachoeira. Então, sondas, pequenas suturas, injeções, elevação de pressão arterial, vômitos, tudo isso que é de responsabilidade da Secretaria Municipal de Saúde, deveria ser realizado na própria comunidade e a população carente traz para o hospital”.
A instituição recebeu em novembro uma ambulância do governo do estado e, durante esta semana, fez um investimento em equipamentos, cuja aquisição é da ordem de R$ 400 mil. Dentre esses equipamentos estão uma máquina de ultrassom (de última geração); um bisturi elétrico; um analisador; reforma do centro de reabilitação, onde será implantada a rede cegonha; um desfibrilador; reforma do gerador de energia; além da revisão da parte elétrica do hospital.
“Os problemas nos cercam a todo o momento porque somos a única repartição de Amarante que não para. Não temos recesso. Estamos buscando melhorar o nosso trabalho, a partir da humanização dos nossos funcionários. A nossa obrigação é tratar bem a quem chega na ânsia da doença”, encerra o diretor.
FOTOS: LEOMAR DUARTE
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