O programa já foi implantado em 42 escolas agrotécnicas e visa, além da profissionalização de jovens para colocarem verdadeiramente em prática aquilo que aprenderam na escola agrotécnica, aplicar as novas tecnologias para gerar aumento de produção e qualidade. “A Embrapa, por exemplo, tem aplicado milhões de reais nesse projeto porque quer resolver o problema da continuidade, ou seja, que o jovem possa sair da escola e poder aplicar o que aprendeu no seu campo de produção”, explicou Marcos Jacó, representante da Embrapa.
A Secretaria do Desenvolvimento Rural, por sua vez, dá todo suporte para o jovem advindo das escolas agrotécnicas dando a oportunidade de aquisição da terra através do programa Crédito Fundiário. “Acho muito importante colocar o alunado no campo e essas escolas que a Embrapa está acompanhando eu acho formidável. O crédito fundiário, nessa modalidade, somos pioneiros no Brasil e já recebemos visita de delegados do Ministério do Desenvolvimento Agrário para visualizar de perto os resultados positivos dos assentamentos de jovens advindos das escolas agrotécnicas. Vamos dar também total apoio aos Produtores do Futuro com a instalação de kits de irrigação”, declarou Rubem Martins, secretário da SDR.
O projeto vê o jovem como um agente multiplicador, ou seja, estudantes que são verdadeiros agricultores, que têm vocação para a lida com o campo, mas que também, veem a tecnologia como ferramenta essencial. “O Governo do Estado através da Seduc está reformando e equipando as escolas agrotécnicas com tratores, máquinas e até aviários com sensores térmicos. O Governo está investindo maciçamente em equipamentos e laboratórios de última geração. A escola agrotécnica do município de Pio IX, por exemplo, estava completamente abandonada e depois que Wilson Martins assumiu o Governo nós conseguimos reestruturá-la”, disse o diretor de Ensino Técnico e Profissional da Seduc, Reinaldo Lopes.
Todos os parceiros do projeto estiveram reunidos com o intuito de suprir as escolas de Unidades Tecnológicas de Produção para que os jovens em formação agropecuária possam colocar na prática o aprendizado da sala de aula com a possibilidade de integração escola/sociedade. “As escolas já estão produzindo biofortificados como batata doce, feijão arace, feijão xique-xique, macaxeira Jarí, abelhas sem ferrão, caprinos de raça nativa, galinha caipira, palma forrageira, amora forrageira e porco da raça baé pelado e peludo”, disse Marcos Jacó.
Ainda de acordo com a Embrapa, o projeto vai além, e prevê a implantação da primeira unidade de multiplicação de galinha caipira, onde também estão previstas a implantação de 28 núcleos de multiplicação de palma forrageira, implantação de unidades tecnológicas de ovinos da raça Morada Nova e Cariri, caprinos da raça Azul, suínos da raça Casco de Burro e galinha caipira dos tipos imperial, canela preta e ovo azul.
Esse grande projeto já está em seu terceiro ano de execução e deve ser levado adiante devido ao grande empenho de todos os colaboradores. “No que depender do Banco do Nordeste esse projeto vai continuar por muitos anos. Estamos dando até capacitação para os jovens na elaboração de projetos de compra, venda e etc, e todas as instituições têm colaborado de diversas formas”, finalizou o coordenador do BNB, Francisco Lacerda