De um total de 35,6 milhões de pessoas que vivem com o vírus da aids, se estima que 3,6 milhões são maiores de 50 anos e, destas, a maioria vive em países de renda baixa ou média, indica o estudo que complementa os dados do último relatório anual da Unaids.
Tratamento preventivo da Aids é mais vantajoso em países pobres
Entre as pessoas com mais de 50 anos a cada ano ocorrem 100 mil novas infecções, revelou o diretor de Informação Estratégica e Avaliação da Unaids, Peter Ghys, ao comentar estes novos dados. Nos países ricos, mais de um terço das pessoas infectadas já passaram a barreira dos 50 anos.
Conheça os famosos portadores do vírus da Aids
Entre as causas do "envelhecimento" da epidemia da Aids está o maior acesso aos tratamentos com antirretrovirais nessa faixa de idade. Enquanto isso, a incidência da doença entre os adultos jovens está diminuindo, segundo a Unaids.
Ghys ressaltou a importância de adaptar-se a esta nova realidade e reconhecer que "os serviços sanitários não respondem de maneira apropriada às necessidades específicas das pessoas de 50 ou mais anos, e que isto resulta em perda de vidas". Destacou também que é necessário que se modifique o enfoque das campanhas de prevenção, que costumam estar dirigidas a outros grupos de idade, particularmente os jovens.
Outro aspecto a ser levado em conta, acrescentou o especialista, tem a ver com o início rápido do tratamento em pessoas com mais de 50 anos porque estas costumam ser mais vulneráveis e suas oportunidades de sobrevivência são menores frente à dos jovens.
Além disso, os adultos mais velhos podem apresentar patologias diversas, como diabetes, doenças cardiovasculares ou câncer, o que pode agravar rapidamente seu estado.