O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) lançou no final de 2022 uma pesquisa inédita sobre o mercado de trabalho no Brasil. O objetivo da empreitada é aprofundar o conhecimento da sociedade a respeito do tema.
A pesquisa consulta mensalmente 2 mil pessoas físicas com mais de 14 anos em todo o Brasil. Os resultados permitem observar as tendências e percepções da população, considerando sexo, faixa etária, renda e escolaridade, em relação aos assuntos relacionados ao trabalho.
O estudo consultou os participantes sobre suas ocupações e se trabalham por conta própria ou sem registro; satisfação com o trabalho e bem-estar; expectativas em relação ao futuro do trabalho e, por fim, as pessoas responderam sobre a sensação de estabilidade e segurança no trabalho.
Quando perguntado aos trabalhadores que operam por conta própria se eles migrariam de ocupação para uma empresa pública ou privada, 69,6% afirmaram que sim e 33,4% disseram que preferem se manter como estão. Entre os motivos apontados para se vincular a uma empresa, o desejo por ter rendimento fixo foi apontado por 33,1%. Para 31,4%, os benefícios que as empresas oferecem são grandes atrativos para iniciar uma nova ocupação. Apenas 5,1% afirmaram outros motivos.
Para a Diretora Comercial da TCHPAY, Gracielle Guimarães, os dados da pesquisa mostram que a segurança financeira é um diferencial importante na vida de muitos trabalhadores. “Os rendimentos fixos permitem que o trabalhador se planeje e organize melhor o dinheiro, seja para gastos mensais ou emergências. Já os benefícios entram como um complemento da renda e dão segurança ao trabalhador por se tratar de um zelo a mais da empresa”. A opinião de Gracielle é confirmada pela pesquisa quando os participantes são questionados sobre a formalização: 87,7% dos trabalhadores sem registro gostariam de ter um emprego formalizado, ou seja, com carteira assinada. Apenas 12,3% preferem o contrário.
Questionados sobre o nível de satisfação com o próprio trabalho, 72,2% afirmaram estar satisfeitos ou muito satisfeitos. Os trabalhadores insatisfeitos ou muito insatisfeitos somaram 27,8% do total. Os principais motivos para a insatisfação são remuneração baixa (64,2%), pouco ou nenhum benefício (43,0%) e insegurança por ser um trabalho temporário (23,7%).
“Ainda que ter um melhor salário seja a preferência entre os profissionais, há uma tendência crescente, sobretudo entre as gerações mais recentes, de preferir os benefícios que a empresa tem a oferecer. Companhias que oferecem benefícios e prêmios como incentivo se importam mais com o bem-estar e a satisfação do colaborador”, finaliza Gracielle.
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