As mulheres estão em ascensão no mercado global de artes corporais, estimado atualmente em US$ 2 bilhões. Em 2013, as mulheres ocupavam cerca de 12% da força de trabalho nos estúdios de tattoo; uma década depois, elas representam 25% dos artistas, segundo a plataforma de pesquisa Zippia.
Embora ainda sejam minoria, quando se trata de remuneração, as mulheres saem ganhando: a cada US$ 1 ganho por um artista homem, US$ 1,05 são pagos para as mulheres, de acordo com dados publicados pela plataforma Earthweb.
Tatuadora há oito anos na Cidade do México, Diana Félix comenta o avanço das mulheres no setor. “O fato de hoje haver mais mulheres fazendo tatuagens anda definitivamente de mãos dadas com o aumento de mulheres tatuadoras, transformando os espaços em locais amigáveis e seguros”, diz.
Segundo um estudo da Academia Americana de Dermatologia, 40% das mulheres entre 18 e 29 anos relataram ter pelo menos uma tatuagem, em comparação com 25% dos homens na mesma faixa etária.
“A demanda impulsionou a entrada de mais mulheres em espaços antes predominantemente masculinos. É cada vez mais comum, em diversos países, ver estúdios de tattoo 100% femininos”, afirma Diana, que já levou sua arte para peles femininas no Puro Tattoo, em Milão, no Lesmauxbleus, em Paris, e Black Medicine, em Vancouver.
“Mulheres optam por se tatuar com outras mulheres por diversos motivos: algumas porque se sentem mais confortáveis, outras infelizmente tiveram alguma experiência negativa e muitas apenas porque apoiam as mulheres na indústria”, completa Diana.
Segundo o IBISWorld, a receita dos profissionais da área de tatuagem aumentou 4,6% em 2023, atingindo US$ 1,6 bilhão, com o lucro representando 9,9% da receita.
Até 2030, espera-se que o setor de tatuagem movimente US$ 3,93 bilhões, de acordo com a Fortune Business Insights.
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