A Ressonância Magnética é um exame de imagem responsável por diagnosticar e monitorar o tratamento de dezenas de doenças. Trata-se de um estudo não invasivo, que tem a capacidade de criar imagens de alta qualidade das mais diversas estruturas do corpo humano, permitindo o diagnóstico preciso de diversas enfermidades, como de tumores no cérebro, infecções nas articulações e esclerose múltipla, por exemplo.
Diferente do equipamento convencional, que é em formato de túnel e mantém o paciente fechado durante o exame, a máquina de ressonância magnética de campo aberto contém as laterais, como o próprio nome sugere, abertas, evitando a sensação de claustrofobia – medo de lugares fechados e com pouca passagem de ar, como elevadores e até transporte público. Também é indicado a pacientes obesos, idosos, e para crianças que normalmente precisam ser sedadas durante este tipo de procedimento, por não conseguirem ficar paradas.
Um estudo realizado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025, estima que 2.3 bilhões de pessoas no mundo estarão acima do peso considerado ideal, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade. Um segundo estudo, também realizado pela OMS em 2018 constatou que 1 a cada quatro pessoas na população mundial tem claustrofobia – dados que destacam a quantidade de pacientes que podem ser beneficiados com a tecnologia.
O Dr. Augusto Romão, radiologista e CEO da One Laudos, explica que os sistemas de saúde precisam ser cada vez mais inclusivos e preparados para reconhecer e atender com a mesma qualidade a individualidade de cada paciente. “Com o sistema de campo aberto, é possível redefinindo a experiência tradicional de ressonância magnética em uma jornada tranquila e positiva para cada indivíduo que busca cuidar de sua saúde”, explica.
Dependendo da região do corpo a ser estudada, o exame pode ter duração de 15 minutos até 2 horas em ambos os aparelhos. No entanto, o desconforto causado pela falta de espaço no modelo convencional faz com que muitos pacientes precisem de sedação. Vale ressaltar que podem ser apresentados pequenos efeitos colaterais devido à anestesia, como enjoo, vômitos, vertigem, tosse, dor de cabeça e dores no corpo. Dessa forma, o novo equipamento também chegou para trazer mais segurança aos pacientes sem causar qualquer tipo de dano à saúde.
“A evolução de tecnologias na área da saúde possibilita a criação de novos aparelhos como estes, pensados também em proporcionar atendimento mais humanizado e inclusivo. Acesso à assistência de qualidade a todos os pacientes deve ser prioridade dos profissionais da área”, comenta o Dr. Augusto Romão.
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