O mercado de games é um dos que mais cresce no mundo. De acordo com a 1ª Pesquisa Nacional da Indústria de Games realizada em 2022 pela ABRAGAMES (Associação Brasileira dos Desenvolvedores de Jogos Digitais) em parceria com a ApexBrasil (Associação Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos), o número de estúdios de desenvolvimento de jogos digitais cresceu 169% nos últimos quatro anos. Isto só no Brasil, que é o maior mercado da área na América Latina, de acordo com a consultoria Newzoo.
Diferente do que possa parecer, trabalhar no setor de jogos não significa ser gamer. Existem cursos superiores que capacitam o profissional para atuar em diversas funções importantes para a criação e desenvolvimento dos jogos eletrônicos.
As habilidades técnicas atreladas ao curso de Jogos Digitais são basicamente programação, modelagem 3D, animação, design, roteirização, edição e estratégias de mercado. Mas não é o mesmo profissional que executa todas as funções dentro de uma empresa. Os cargos mais conhecidos são os de game designer, programador, designer de personagens e cenário, animador, tester e produtor executivo.
Agesandro Scarpioni, coordenador acadêmico da graduação em Jogos Digitais do Centro Universitário FIAP, afirma que as possibilidades de carreira para quem faz esse curso estão cada vez mais abrangentes: “Com a oferta de tecnologias como o metaverso e a inteligência artificial, o campo de atuação está sendo ampliado, permitindo que esses profissionais trabalhem em praticamente todos os tipos de empresas, desde desenvolvedoras indies de jogos até grandes multinacionais.”
A “gamificação”, uso de técnicas de design e lógica de jogos para tornar lúdico contextos não relacionados ao entretenimento, se popularizou no meio corporativo e nas áreas de marketing, saúde e educação. Simuladores de voo ou de autoescola, jogos educacionais e simulações médicas, são alguns exemplos de como a gamificação pode ser aplicada.
Com isso, o especialista em games se torna interessante para indústrias de vários setores diferentes. “Em um futuro próximo, todas as empresas buscarão esse tipo de profissional, já que ele demonstra ser o mais equilibrado no entendimento do que tecnicamente é possível ser desenvolvido e, ao mesmo tempo, entende quais estratégias devem ser mais eficientes na hora de engajar o seu público-alvo”, conclui o coordenador.
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