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Defesa de Vorcaro alega que escala em Malta era logística obrigatória e cita falta de autonomia de voo de Guarulhos

A defesa de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, protocolou nesta quarta-feira (19) um pedido de habeas corpus solicitando a revogação de sua prisão. O banqueiro foi detido pela Polícia Federal na noite de segunda-feira (17), em São Paulo, no momento em que se preparava para embarcar em um voo internacional.

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O argumento central dos advogados é que Vorcaro “nunca teve a intenção de fugir ou de se ocultar das autoridades”. No entanto, para rebater a tese de fuga levantada pelos investigadores — que apontaram Malta como destino da aeronave —, a defesa utilizou uma justificativa geográfica e logística ligada à origem do voo.

A polêmica da rota Guarulhos-Dubai

Apesar de investigadores sustentarem que o jato particular no qual Vorcaro embarcaria tinha como destino Malta, reforçando a hipótese de fuga, os advogados afirmam que o destino final era Dubai.

No pedido protocolado, a defesa rebate a alegação de fuga ao explicar que o fato de Malta constar no plano de voo era uma “contingência logística”. Segundo os advogados, a aeronave não possuía autonomia para voar diretamente de Guarulhos a Dubai, necessitando de uma parada obrigatória para reabastecimento.

A defesa afirma que anexou ao processo documentos, incluindo mensagens de e-mail, que demonstram que o planejamento da viagem foi feito dias antes da operação policial, e que o destino buscado era Dubai, onde Vorcaro teria uma reunião para negociar a venda do Banco Master.

Análise jurídica e alternativas à prisão

O pedido de habeas corpus será analisado pela juíza Solange Salgado, que é a relatora do caso no Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

A prisão de Vorcaro já havia sido mantida após audiência de custódia realizada na terça-feira (18). Se o pedido de revogação for negado, os advogados solicitam que a prisão seja substituída por medidas alternativas. Entre as sugestões estão a utilização de tornozeleira eletrônica, a proibição de contato com outros investigados ou a prisão domiciliar.

A defesa alega que o empresário sofreu “constrangimento ilegal” e que a decisão de prisão possui “diversas fragilidades”. Os advogados argumentam ainda que não há elementos concretos de que Vorcaro possa atrapalhar as investigações ou praticar novas condutas criminosas, especialmente após ter sido afastado de suas funções.

O empresário “se colocou à plena disposição de todas as autoridades judiciárias, seja na Capital Federal ou na Subseção Judiciária de São Paulo, revelando que seu intento sempre foi o de contribuir com a elucidação fática”.

Atualmente, Daniel Vorcaro está detido na Polícia Federal em São Paulo. A defesa solicitou que ele seja mantido na carceragem da PF por “questão de segurança”. A juíza pediu à corporação que informe se há condições para atender à demanda.

Foto de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, em uma sessão fotográfica.
Daniel Vorcaro, do Banco Master, teve a prisão mantida e a defesa protocolou pedido de habeas corpus.
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