Três turistas britânicos desaparecidos após incêndio em barco no Mar Vermelho, no Egito

Em uma breve declaração no domingo, a província do Mar Vermelho do Egito disse que 12 tripulantes e 12 turistas britânicos foram resgatados quando um barco de mergulho de tamanho médio, batizado de “Hurricane”, pegou fogo na cidade turística de Marsa Alam, no sul do Mar Vermelho.

Uma equipe de busca foi lançada para encontrar os três turistas britânicos restantes, cujas identidades não foram reveladas.

Após um exame inicial da embarcação, as autoridades egípcias disseram: “Um curto-circuito elétrico na casa de máquinas do barco provocou o incêndio”.

O barco estava em um cruzeiro de seis dias e deveria voltar no domingo, quando o incêndio começou a cerca de 25 quilômetros ao norte de Marsa Alam.

O Ministério das Relações Exteriores da Grã-Bretanha disse que está em contato com as autoridades egípcias e está “apoiando os cidadãos britânicos envolvidos”.

Incomum no Egito

Imagens postadas nas redes sociais mostraram um iate a motor branco com o mesmo nome em chamas no mar, com fumaça espessa subindo para o céu.

“Vimos fumaça saindo do barco, eram cerca de 9km [6 miles] da praia”, disse Ahmed Maher, gerente de mergulho da vila de Marsa Shagra. “Um barco próximo os resgatou e os deixou.”

Acidentes fatais com barcos são incomuns no Egito. Em 2021, um barco virou em um lago perto da cidade mediterrânea de Alexandria, no Egito, deixando pelo menos cinco pessoas mortas, incluindo três crianças.

Em 1991, uma balsa egípcia chamada Salem Express – navegando da Arábia Saudita para o Egito – afundou, matando até 471 pessoas, a maioria peregrinos muçulmanos.

Os resorts do Mar Vermelho no Egito abrigam alguns dos destinos de praia mais renomados do país e são populares entre os turistas europeus. A área consolidou sua reputação como um destino de mergulho com fácil acesso a recifes de corais a partir da costa e locais de mergulho que oferecem vida marinha diversificada.

Nos últimos anos, o Egito fez grandes esforços para fortalecer sua indústria do turismo, prejudicada por anos de instabilidade política, COVID-19 e o efeito econômico negativo da guerra na Ucrânia.

O setor de turismo do Egito emprega dois milhões de pessoas e gera mais de 10% do produto interno bruto do país.

Na quinta-feira, um turista russo foi morto por um tubarão nas águas da cidade egípcia de Hurghada, no Mar Vermelho.