Last updated on 29 de abril de 2025
A investigação sobre o assassinato do sargento da Polícia Militar Elenilton Araújo Galvão, de 47 anos, em Teresina, aponta para um latrocínio – roubo seguido de morte – motivado pela tentativa de roubo de um colar de ouro. A informação foi detalhada pelo delegado Bruno Ursulino, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após interrogar Kauã Vieira, de 19 anos, preso como suspeito de participação no crime ocorrido no sábado (26). O segundo envolvido, o adolescente João Manoel, morreu em confronto com a polícia no domingo (27).
A investigação do DHPP e a dinâmica do crime
Segundo o delegado Ursulino, Kauã Vieira confessou a participação no crime e detalhou a sequência dos eventos. “Ele nos relata que junto com seu comparsa, eles tinham hábito de realizar diversos assaltos na cidade”, explicou o delegado. A dupla teria passado três vezes em frente à residência do sargento, no bairro Francisco Marreiros, zona Sudeste, onde ele estava com amigos. O interesse dos criminosos foi despertado por um colar de ouro usado por uma das pessoas no local.
Na terceira passagem, desceram da moto já com armas em punho, anunciando o assalto. O sargento Galvão tentou reagir sacando sua arma, mas foi atingido por três disparos, inclusive nas costas. “Inclusive nas costas demonstrando toda a covardia desses indivíduos”, afirmou Ursulino. Após os tiros, os criminosos fugiram levando a arma do policial, mas deixaram o colar para trás.
Confronto, prisão e histórico criminal
A busca pelos responsáveis pelo sargento assassinado em Teresina levou a polícia a um motel na zona Leste no domingo. Durante a abordagem do Batalhão Especial de Policiamento do Interior (Bepi), houve confronto. João Manoel foi atingido no pescoço e morreu no Hospital de Urgência de Teresina (HUT). Kauã Vieira foi preso no local. Com eles, foram apreendidas três armas: a roubada do sargento, a usada no crime e uma terceira, utilizada por João Manoel no confronto com os policiais.
A investigação revelou que Kauã tentou modificar a motocicleta usada no crime antes de ser localizado. A polícia também informou que os envolvidos integram um grupo criminoso familiar com histórico de crimes como tráfico de drogas, receptação e associação criminosa. João Manoel já havia sido apreendido anteriormente por tráfico, e Kauã Vieira foi preso em flagrante por porte ilegal de arma em fevereiro deste ano, sendo liberado em seguida.
Desdobramentos
Kauã Vieira teve sua prisão temporária decretada e responderá por latrocínio e corrupção de menores. O DHPP aguarda laudos periciais para finalizar o inquérito sobre a morte do sargento Elenilton Galvão. A polícia cumpriu outros mandados relacionados ao grupo criminoso na zona Norte de Teresina.
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Com informações do site Cidade Verde
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