Uma operação conjunta da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) do Piauí e da Polícia Civil do Mato Grosso resultou na prisão de cinco mulheres nesta quarta-feira (19). As detidas são acusadas de integrar uma organização criminosa presa especializada em aplicar fraudes em pacientes do Hospital São Marcos, em Teresina.
Detalhes da operação policial
A ação policial cumpriu cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão, expedidos pela Central de Inquéritos. A investigação apura a prática de estelionato contra pacientes da unidade hospitalar, referência no tratamento de câncer na capital piauiense.
Como ocorria o golpe
Segundo a Polícia Civil, o grupo criminoso possuía acesso indevido a dados de pacientes internados no Hospital São Marcos. Com essas informações privilegiadas, as acusadas entravam em contato com os familiares das vítimas, solicitando transferências bancárias para custear supostos tratamentos emergenciais não cobertos pelo plano de saúde.
Vítimas e prejuízo
As investigações, que contaram com o apoio da 3ª Delegacia Seccional de Teresina, identificaram mais de cinco vítimas do golpe no Hospital São Marcos entre 2024 e 2025. Um inquérito foi instaurado em junho de 2024 para apurar o caso, que já identificou golpes em familiares de três pacientes entre abril e maio de 2024, totalizando um prejuízo de aproximadamente R$ 12 mil.
O primeiro golpe
O primeiro caso registrado ocorreu em 29 de abril, quando um homem se passando por médico informou à sogra de um paciente sobre um falso sangramento no fígado, exigindo R$ 3.700 para tomografias urgentes.
O segundo golpe
Na mesma data, outro familiar foi contatado, sendo informado sobre um sangramento na aorta abdominal e a necessidade de uma medicação não coberta pelo plano, resultando em uma transferência de R$ 4.550.
O terceiro golpe
Em 18 de maio, a filha de outro paciente foi induzida a transferir R$ 3.700 para exames após a alegação de um sangramento no coração.
Ponto de vista do hospital São Marcos
Na época das primeiras investigações, o gerente de Tecnologia da Informação do Hospital São Marcos foi ouvido e declarou acreditar na improbabilidade de acesso externo não autorizado ao sistema. Ele informou que, após os incidentes, medidas foram tomadas para aprimorar a segurança e restringir ainda mais os acessos.
Com informações do Gp1
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