Manifestantes bloquearam a BR-316, na zona Sul de Teresina, na noite desta quinta-feira (11), em um protesto contra a crescente insegurança na capital. Amigos e familiares do açougueiro João da Cruz de Sousa Silva, de 45 anos, assassinado durante um assalto na quarta-feira (10), atearam fogo em pneus e interromperam o tráfego na rodovia, clamando por justiça e mais ações de segurança pública no estado.
O ato de repúdio ocorreu no bairro Mário Covas, local do crime, e provocou extensos congestionamentos em um dos horários de maior movimento. A comunidade expressa profunda indignação com a violência que culminou na morte de João da Cruz, vítima de um latrocínio onde sua motocicleta foi roubada antes de ser executado pelos criminosos.
Rafael Borges, presidente dos moradores do Parque Vitória e um dos organizadores do protesto, ressaltou a gravidade da situação. Ele defendeu a realização de uma audiência pública com a Secretaria de Segurança Pública do Piauí para discutir a onda de crimes na região.
“A gente não aguenta mais, a mãe de família, um vizinho nosso, e a gente clama por justiça, clama pela segurança pública, porque ninguém aguenta mais ser roubado. Só neste ano foram mais ou menos 50 motos roubadas e ninguém tem um veículo”, declarou Borges, evidenciando a percepção de abandono e a urgência por soluções efetivas para a segurança dos cidadãos em Teresina e outras cidades do estado.
Em resposta à comoção e à pressão popular, o comandante-geral da Polícia Militar do Piauí, coronel Scheiwann Lopes, informou que todos os suspeitos envolvidos no crime foram identificados em menos de 24 horas. Ele destacou o empenho e a determinação integrada das forças de segurança estaduais. No total, sete pessoas, sendo três adultos e quatro menores de idade, foram identificadas. Um adolescente de 13 anos foi detido por apoio, e um dos adultos é apontado como o autor dos disparos que vitimaram João da Cruz.
Apesar da rápida identificação, o fato de os suspeitos terem sido ouvidos e liberados até o final da tarde de quinta-feira (11) gerou ainda mais revolta entre os manifestantes e na sociedade piauiense, que espera respostas concretas e medidas rigorosas para combater a criminalidade e garantir a aplicação da lei. A Polícia Civil do Piauí segue com as investigações para elucidar todas as circunstâncias do assassinato.
Com informações do Portal O Dia
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