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Prefeito de Palmas é preso pela PF em operação sobre venda de sentenças; vice assume o cargo

Eduardo Siqueira foi preso preventivamente em uma nova fase da Operação Sisamnes, que investiga um esquema de corrupção no STJ. Ministro Zanin, do STF, autorizou a prisão e o afastamento do cargo.

Prefeito de Palmas é preso pela PF em operação sobre venda de sentenças; vice assume o cargo
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Palmas, TO – O prefeito de Palmas, Eduardo Siqueira, foi preso pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (27), em um desdobramento da Operação Sisamnes. A ação, autorizada pelo ministro Cristiano Zanin do Supremo Tribunal Federal (STF), investiga um suposto esquema de venda de decisões judiciais e vazamento de informações sigilosas envolvendo o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A prisão ocorreu em Palmas, onde a PF também cumpriu mandados de busca e apreensão na residência do prefeito, em seu gabinete na prefeitura e em uma unidade penal da capital do Tocantins. Além da prisão, o ministro Zanin determinou o afastamento de Eduardo Siqueira do cargo de prefeito por 180 dias.

Com o afastamento, o vice-prefeito de Palmas, pastor Carlos Velozo, deve assumir interinamente o comando do executivo municipal.

Entenda a Operação Sisamnes em Tocantins

A Operação Sisamnes foi deflagrada para desarticular uma organização criminosa que, segundo a Polícia Federal, atuava na venda de sentenças e no vazamento de informações confidenciais de inquéritos e processos judiciais.

As investigações apontam que o grupo acessava dados sensíveis para proteger aliados, frustrar operações policiais e expandir sua rede de influência política e econômica no Tocantins. A origem dos valores ilícitos, conforme a PF, seria o pagamento de propina em troca de decisões favoráveis no STJ.

A Decisão do STF e as acusações contra o Prefeito

A ordem de prisão e afastamento partiu do ministro Cristiano Zanin. Segundo diálogos captados pela PF e que constam no inquérito, o prefeito Eduardo Siqueira teria vazado informações sigilosas sobre investigações do STJ que envolviam o governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, e juízes do estado.

Nas interceptações, Siqueira afirmava ter uma “fonte paga” dentro do tribunal e antecipava operações da PF, comprometendo a eficácia das diligências. Em um dos trechos, ele chega a citar o nome do ministro João Otávio de Noronha.

Inicialmente, a PF havia solicitado a prisão preventiva, mas Zanin negara, autorizando apenas buscas. No entanto, com o avanço das investigações e novas evidências, o ministro reviu sua decisão e autorizou a prisão e o afastamento.

O que diz a defesa e a Prefeitura de Palmas

Em nota, a Prefeitura de Palmas informou que a prisão do prefeito “não possui qualquer relação com a sua atual gestão à frente do Executivo Municipal” e que Eduardo Siqueira “está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações”.

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