A Polícia Federal deflagrou a operação Falsários na manhã desta sexta-feira (28) com o objetivo de desarticular organização criminosa com participação de servidores do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) no Piauí. O grupo é suspeito de gerar prejuízo no valor de R$ 11 milhões com a concessão de benefícios de forma fraudulenta.
A Polícia Federal informou que a organização concedeu benefícios de salário-maternidade e de aposentadoria por idade rural fazendo uso de documentos públicos e privados falsificados, além do direcionamento de requerimentos.
Ao todo, foram cumpridos 12 mandados, sendo dois de prisão preventiva, dois de prisão temporária e oito de busca e apreensão em Teresina e Parnaíba.
Servidores do INSS envolvidos na organização foram suspensos pela Justiça Federal do exercício da função pública. Não há ainda informações de quantos servidores foram apontados como suspeitos de participação no esquema.
A Polícia Federal deu início à investigação em 2019. Foram identificados 533 benefícios com indícios de fraude, o que gerou um prejuízo no valor aproximado de R$ 11,2 milhões (referentes aos valores já sacados).
“Todos os benefícios serão revisados administrativamente, com estimativa de prejuízo evitado de R$ 114,1 milhões”, informou ao g1 a Polícia Federal.
A operação Falsários foi realizada após investigação no âmbito da Força Tarefa Previdenciária e Trabalhista no Estado do Piauí, unidade de Parnaíba, integrada pela Polícia Federal e pela Coordenação-Geral de Inteligência Previdenciária e Trabalhista da Secretaria Executiva (CGINT) do Ministério do Trabalho e Previdência, em trabalho conjunto com o Ministério Público Federal.
O nome da operação faz referência à falsificação de documentos públicos e privados, que são utilizados pela organização para instrução de requerimentos de aposentadoria rural.
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