Last updated on 27 de junho de 2025
Em meio ao som diário de sirenes, o piauiense Brito Silva, natural de Teresina, compartilha uma mensagem de resiliência de Israel. Para ele, o povo israelense é “muito maravilhoso, um povo que ama a paz”, convicção que o mantém firme mesmo sob a ameaça de ataques.

Enquanto muitos buscam formas de deixar zonas de conflito, a história do designer de moda piauiense em Israel, Brito Silva, segue na contramão. Morador da cidade de Bat Yam, colada a Tel Aviv, o teresinense reafirma sua decisão de permanecer no país que adotou como lar, mesmo com a escalada da tensão e os bombardeios diários.
“Eu não tenho vontade de deixar este lugar, porque foi o lugar que eu escolhi, foi o povo que eu escolhi, foi a religião que eu escolhi”, declarou o filho da capital piauiense em entrevista ao Jornal do Piauí.
Rotina de Guerra: Sirenes, abrigos e mísseis 4 vezes ao dia
A realidade descrita por Brito Silva é marcada por uma disciplina imposta pela guerra, um cenário distante da tranquilidade de Teresina. Ele relata que a rotina dos moradores é interrompida de três a quatro vezes por dia, inclusive durante a noite, por alertas de mísseis.
O procedimento é sempre o mesmo:
- Primeiro Sinal: Um alerta chega por mensagem no celular.
- Alerta Sonoro: As sirenes tocam em toda a cidade.
- Corrida pela Vida: Os moradores têm de 30 segundos a um minuto para encontrar o abrigo mais próximo.
- Segurança Subterrânea: No abrigo, aguardam cerca de 10 minutos. “Do abrigo a gente consegue ouvir as explosões”, conta.
De Teresina para Israel: A jornada de fé que motiva a permanência
Questionado sobre o desejo de voltar para o Piauí, a resposta de Brito é firme. Sua conexão com Israel transcende o passaporte; é uma questão de identidade e fé, uma jornada que começou em sua terra natal.
“Esse povo é um povo muito abençoado, muito maravilhoso. Um povo que ama a paz, ama a vida. E, infelizmente, nós temos muitos inimigos, mas nós temos o nosso exército, nós temos o nosso Deus”, afirma Brito.
A trajetória de Brito até Israel começou em Teresina, sua cidade natal, onde nasceu em uma família cristã. Seu interesse o levou a estudar o judaísmo, culminando em sua conversão formal, realizada em São Paulo, antes de fazer o caminho definitivo de Teresina para Israel.
Após o processo, ele imigrou já como cidadão judeu, onde vive há oito anos. Essa trajetória explica seus laços profundos e sua decisão de enfrentar as adversidades junto ao povo que escolheu.
“O Irã ataca civis”: A visão do piauiense sobre o conflito
Do seu ponto de vista como morador, Brito Silva traça uma distinção clara entre as táticas de guerra. “O exército de Israel está focando em bombardear o armamento do Irã, enquanto o Irã foca em bombardear as cidades”, analisa, destacando o perigo constante para a população civil.
Perguntas e Respostas: A vida do teresinense em Israel
Como é a rotina do piauiense Brito Silva durante a guerra em Israel?
Sua rotina inclui ouvir sirenes de 3 a 4 vezes por dia, receber alertas no celular e ter menos de um minuto para correr para um abrigo antimísseis, onde espera por cerca de 10 minutos.
Por que o teresinense não quer voltar para o Piauí?
Nascido em Teresina, ele se converteu ao judaísmo e escolheu viver em Israel. Ele afirma que não deixará o país por ser o “lugar, o povo e a religião” que ele escolheu, descrevendo o povo israelense como “abençoado”.
Onde ele mora em Israel?
Brito Silva mora na cidade de Bat Yam, vizinha a Tel Aviv, um dos principais centros urbanos do país.
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Com informações do site Cidade Verde
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