O Banco Inter demonstra um crescente pessimismo em relação aos rumos da economia brasileira, conforme reportado na coluna de Carlo Cauti publicada na Edição 262 da Revista Oeste. A principal razão para essa perspectiva menos otimista reside na revisão para cima das estimativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para os anos de 2025 e 2026.

De acordo com a publicação, a instituição financeira mineira elevou sua projeção para a inflação de 2024 para 5,4%, um aumento em relação à previsão anterior de 5,2%. Uma revisão ainda mais significativa ocorreu para os anos seguintes: a estimativa para o IPCA de 2025 passou de 4,2% para 4,4%, e a de 2026 também foi ajustada para cima.

Esse aumento nas previsões de inflação para os próximos anos é um fator crucial que contribui para o desânimo do Banco Inter com a economia brasileira. Apesar de o banco ter mantido as projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e a taxa Selic para o final de 2025 em 1,5% e 14,75%, respectivamente, e de haver uma expectativa de melhora no cenário cambial, com o dólar previsto para se posicionar em torno de R$ 5,80 (ante a estimativa anterior de R$ 5,90), o foco no aumento da inflação futura sinaliza uma preocupação central.

O pessimismo do Banco Inter com a economia brasileira está fortemente ligado à elevação das estimativas para o IPCA em 2025 e 2026, o que sugere uma perspectiva de um cenário inflacionário mais persistente nos próximos anos, conforme detalhado na Revista Oeste. As demais projeções econômicas, como as para o PIB e a Selic, permaneceram inalteradas, e há uma ligeira expectativa de melhora na cotação do dólar, mas o aumento da inflação parece ser o principal motor do desânimo da instituição financeira mineira.

Pessimismo do Banco Inter com a Economia Brasileira aumenta com revisão da inflação