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Trump entra em campo e pede para “deixar Bolsonaro em Paz”, gerando tensão política no Brasil

A postagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, recomendando “deixar Bolsonaro em paz”, provocou uma onda de reações entre parlamentares e cidadãos em Brasília e por todo o Brasil nesta segunda-feira, 7 de julho de 2025. A denúncia de Trump sobre a suposta perseguição a Bolsonaro em Brasília reacende o debate sobre o autoritarismo e o uso político do sistema judiciário no país.

A declaração de Donald Trump

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Em sua rede social Truth Social, Trump afirmou que o Brasil está “tratando de forma horrível” o ex-presidente Jair Bolsonaro, descrevendo a situação como uma perseguição contínua. Segundo o líder americano, Bolsonaro “não é culpado de nada, a não ser de lutar pelo povo”, e era “um líder forte que realmente amava seu país”, além de “um forte negociador em termos comerciais”. Trump destacou a eleição apertada e a atual liderança de Bolsonaro nas pesquisas, classificando os processos como “nada mais, nada menos que um ataque a um opositor político”. Ele encerrou sua mensagem com um apelo direto às autoridades brasileiras: “A única forma de julgamento que deveria estar ocorrendo é pelo voto dos brasileiros – isso se chama eleição. Deixem Bolsonaro em paz!”.

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Reações em Brasília e pelo Brasil

As palavras de Trump geraram imediata repercussão na cena política em Brasília. O senador Flávio Bolsonaro agradeceu ao presidente americano, afirmando que “quem deve julgar Bolsonaro são os brasileiros nas urnas” e que a situação é “uma verdadeira caça às bruxas”. O deputado Eduardo Bolsonaro adotou um tom enigmático, indicando que a manifestação de Trump não seria a única novidade vinda dos EUA e agradeceu o trabalho do jornalista Paulo Figueiredo. Paulo Figueiredo, por sua vez, confirmou que o post de Trump é resultado de seu trabalho sob a liderança de Eduardo Bolsonaro e que “não será a última coisa que ouvirão a respeito. Chegou a vez do Brasil”.

O deputado Mauricio Marcon corroborou a visão de que se trata de um “julgamento político” com o intuito de excluir o líder das pesquisas. Ele previu “consequências” desfavoráveis para os “ditadores de ocasião”. O investidor Leandro Ruschel interpretou a mensagem como um alerta claro de que “haverá consequências se Bolsonaro continuar sendo perseguido e não puder concorrer em 2026”.

O movimento Advogados de Direita Brasil criticou o silêncio das instituições brasileiras, especialmente o Congresso Nacional, considerando-o “cumplicidade” diante de um “ataque institucional sem precedentes”. A jornalista Karina Michelin ressaltou a natureza “contundente” da declaração de Trump.

O debate sobre Lawfare e autoritarismo

A manifestação de Trump reforça a discussão internacional sobre o uso político do sistema judiciário, conhecido como “lawfare”, para neutralizar adversários. Parlamentares como Daniel Freitas afirmaram que “o mundo inteiro está testemunhando” o que ocorre no Brasil, prevendo uma “resposta – muito possivelmente catastrófica – do Itamaraty”. O vice-prefeito de Curitiba, Paulo Eduardo Martins, sugeriu que “vem coisa”, pois Trump “não costuma fazer ameaças soltas”.

O senador Rogério Marinho destacou que a “forma injusta e parcial como Bolsonaro vem sendo tratado, gera solidariedade e indignação no Brasil e no mundo”. O vereador Major Vitor Hugo celebrou a “esquerda perdendo a linha” depois da manifestação de Trump. O deputado Carlos Jordy afirmou que “cada vez mais, o mundo vê os abusos e o totalitarismo que vêm acontecendo no Brasil”.

Os deputados General Pazuello e Coronel Tadeu também reforçaram que os “olhos de Trump estão se voltando ao Brasil” e que “o mundo está observando o autoritarismo em curso no nosso país”. A escritora Claudia Wild interpretou a fala de Trump como um “BGM-109 Tomahawk na moleira dos ditadores e abusadores do direito no Brasil”, alertando para possíveis sanções e o não reconhecimento das eleições brasileiras de 2026 caso a situação persista.

Perseguição Bolsonaro - Trump e Bolsonaro em Brasília
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