Obama diz que decapitação de jornalista no Iraque não intimidará EUA

Internacional

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira (3) que a decapitação do jornalista americano, Steven Sotloff, pelo grupo jihadista EI (Estado Islâmico) não intimidará seu país e prometeu que a “justiça será feita”.

“Foi um ato de violência horripilante. Não esqueceremos nem vão nos intimidar. Aqueles que cometem o erro de atacar os norte-americanos devem saber que nunca esqueceremos e que será feita justiça”, afirmou Obama em entrevista coletiva em Tallinn, capital da Estônia.

Obama disse que o objetivo dos Estados Unidos é garantir que o Estado Islâmico deixe de ser uma “ameaça” para o Iraque e para toda a região do Oriente Médio. Assim como ocorreu com a Al Qaeda e seu líder, Osama bin Laden, a derrota do EI “necessitaria de tempo e esforço”, acrescentou.

O Conselho de Segurança Nacional americano confirmou a autenticidade do vídeo que mostra a decapitação de Sotloff pelo EI. “A comunidade de inteligência dos EUA analisou o recém-divulgado vídeo do cidadão americano Steven Sotloff e chegou à conclusão de que ele é autêntico”, disse.

Na gravação, intitulada “Uma segunda mensagem aos Estados Unidos”, o carrasco de Sotloff atribui sua morte aos ataques seletivos do governo americano contra posições do EI no Iraque, e ameaça de morte um terceiro refém, o britânico David Haines.

Há 13 dias, o EI tornou público o vídeo que mostrava a decapitação do jornalista americano James Foley.

Sotloff, de 31 anos, supostamente capturado em agosto de 2013 perto da fronteira entre a Síria e a Turquia, aparece nas imagens vestido com uma roupa laranja e ajoelhado junto ao seu carrasco, em um cenário desértico muito similar ao do vídeo da decapitação de Foley.

O Pentágono garantiu que manterá seus ataques aéreos contra as posições do EI no Iraque pelo tempo que considerar necessário para expulsar a milícia extremista de posições estratégicas.

Os Estados Unidos vão enviar mais 350 militares ao Iraque para proteger suas instalações e funcionários em Bagdá, mas sem que assumam em qualquer caso um papel de combate, informou nesta terça-feira (2) a Casa Branca.

“O pedido (do Departamento de Defesa) aprovado hoje pelo presidente (Barack Obama) permitirá que alguns militares mobilizados anteriormente deixem o Iraque, ao mesmo tempo em que reforçará a segurança de nosso pessoal e as instalações em Bagdá”, explicou a Casa Branca em comunicado.

Com este novo envio, os militares americanos em ação no Iraque serão mais de mil, uma presença reforçada desde que explodiu a atual crise com os jihadistas do Estado Islâmico há um mês.

“Este envio se soma aos reforços para garantir a segurança da embaixada (em Bagdá), anunciados nos dias 15 e 30 de junho, o que dispõe um total de 820 pessoas encarregadas de incrementar a segurança diplomática no Iraque”, explicou o Departamento de Defesa em comunicado.

“Além disso, 55 militares que estão em Bagdá desde junho deixarão o Iraque, mas os mesmos estarão preparados para atuar em outras contingências de segurança na região, se for necessário”, acrescentou o Pentágono.

O anúncio do novo envio de soldados ao Iraque aconteceu poucas horas depois que o Estado Islâmico reivindicou a autoria da suposta decapitação do jornalista americano Steven Sotloff.

Fonte:R7

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