Inaugurado em maio 2024, durante as comemorações do centenário da cidade, o Museu do Centenário, também conhecido como Museu Manoel Sobrinho, é um marco na preservação da cultura de São Francisco do Maranhão. Idealizado pelo ex-prefeito Adelbarto Santos no início de seu primeiro mandato, em 2017, o museu histórico é fruto de um sonho antigo do gestor e também um presente para a população.
Um museu para contar a história do seu povo
O Museu Manoel Sobrinho abriga um acervo valioso que conta a história do município e de seu povo. Relíquias, objetos antigos e documentos históricos, muitos doados por famílias locais e de outras regiões, compõem a exposição que celebra o patrimônio cultural franciscoense. Dentre as peças mais antigas, destacam-se um baú com mais de 100 anos, pertencente a uma família tradicional da cidade, e antigos potes, que também ultrapassam um século de existência.
“O museu foi um projeto que Adelbarto tinha em mente desde a primeira gestão dele…acabamos deixando para o último ano de governo dele. E fazer esse museu contando 100 anos de história de São Francisco, 100 anos de emancipação política“, disse ao Somos Notícia o subsecretário de Cultura, Gonçalo Neto.
A fachada do museu, com vista para o Morro, principal ponto turístico da cidade, e uma canoa, também chamam a atenção dos visitantes. No interior, o destaque vai para a sala dedicada à história política local, com a galeria de ex-vereadores e ex-prefeitos, o mapeamento da cidade e uma peça de bronze vinda da Itália. Há ainda uma sala dedicada à música, que conta um pouco da trajetória do poeta maranhense Manoel Sobrinho, que dá nome ao museu.
Quem foi Manoel Sobrinho?
Manoel Alexandre de Santana Sobrinho nasceu no sítio Mucunã, Município de São Francisco do Maranhão (antes Iguaratinga), a 04 de janeiro de 1897 e faleceu em São Luís, a 22 de novembro de 1957. Autodidata, nascido e criado onde não havia escolas, fez-se professor de si mesmo e de humilde filho de modesto casal de lavradores chegou, no campo intelectual da província, a alçar-se ao nível mais elevado que pudera atingir – o de sócio efetivo da Academia Maranhense de Letras, cuja diretoria por muitos anos integrou como Tesoureiro e na qual foi sucessor de Maranhão Sobrinho, primeiro ocupante da Cadeira de Teófilo Dias (nº 19). Era poeta de filiação romântica e essencialmente lírico. Manoel Sobrinho transformou em poema todo o seu sentimento de pesar e amor por São Francisco do Maranhão.
Em entrevista, o ex-prefeito Adelbarto Santos assegura que a intenção era ter um museu que contasse a história do povo franciscoense. “…algo para a gente deixar na memória do povo de São Francisco, para deixar registrado na história franciscoense. Foi muito importante que a gente criasse um museu… um museu que contasse a história do centenário, que contasse a história do povo franciscoense”, disse ele.
Uma viagem no tempo
O museu histórico não apenas reforça o turismo local, como resgata e fortalece a identidade cultural de São Francisco do Maranhão. O espaço proporciona aos moradores e visitantes uma viagem no tempo, permitindo que conheçam a história, as tradições e a riqueza cultural da cidade. O Museu do Centenário, ou Museu Manoel Sobrinho, se consolida como um importante centro de memória e preservação do patrimônio cultural franciscoense.
“Deus foi tão maravilhoso que nos permitiu que a gente finalizasse o nosso segundo mandato no centenário do nosso município. Foi um desejo que nasceu no meu coração lá no nosso primeiro mandato e que Deus nos permitiu estar agora realizando, em 2024, num momento muito importante para a cidade, num momento muito importante para o povo franciscoense”, finalizou.
Fotos: Leomar Duarte | Somos Notícia
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