A Copa do Mundo de Clubes de 2025 vem atraindo os holofotes de todo o planeta, e no quesito premiações, a FIFA parece ter acertado em cheio, trazendo uma verdadeira alegria financeira aos participantes. Este novo formato não promete apenas elevar o patamar esportivo, mas também revolucionar as finanças das equipes em escala global.
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Impacto Financeiro e o novo cenário do futebol mundial
Entre os dez clubes que mais faturaram até o momento no torneio, a predominância é de equipes europeias, mas o cenário apresenta surpresas: Palmeiras, Fluminense e Al Hilal já figuram entre os principais times que mais arrecadaram, roubando a cena neste ranking de premiações. Essa injeção de capital é vista como um fator crucial para a saúde financeira dos clubes.
Conforme Alexandre Vasconcellos, gerente regional da Flashscore no Brasil e especialista em marketing esportivo, o torneio se tornou economicamente interessante para qualquer clube do mundo, auxiliando na composição de caixa em um contexto de Fair Play Financeiro e custos elevados com atletas de alto nível. Para as equipes brasileiras, em particular, essa é uma entrada de recursos de enorme relevância, capaz de alterar o perfil financeiro do ano de qualquer clube, mesmo diante de custos tributários que podem superar 30% do valor total.
Critérios de premiação e a distribuição de valores
Antes mesmo do início da competição, a FIFA estabeleceu critérios claros para a distribuição dos valores. Os times europeus são os que recebem os maiores montantes, com premiações variando entre US$ 12,8 milhões (R$ 73 milhões) e US$ 38,2 milhões (R$ 217,66 milhões)6. Já as equipes sul-americanas têm direito a US$ 15,2 milhões cada (R$ 86,6 milhões)6. Clubes da América do Norte, América Central e Caribe, Ásia e África recebem US$ 9,55 milhões (R$ 54,4 milhões) cada, enquanto os da Oceania ficam com US$ 3,58 milhões (R$ 20,4 milhões)2.
Marcos Casseb, sócio da Roc Nation Sports Brazil, destaca que esses valores recordes reforçam a intenção da FIFA de posicionar o torneio no mesmo patamar de relevância da Copa do Mundo de seleções e da Champions League, ampliando receitas e fortalecendo sua presença no futebol de clubes, historicamente liderado pela UEFA. Ele complementa que a premiação recorde funciona como um incentivo para que as equipes, especialmente as europeias, passem a encarar o torneio com mais seriedade.
Inovação e estratégia de mercado da FIFA
A principal mensagem trazida pelo novo Mundial é a compreensão da FIFA de que algo diferente precisava ser feito para tornar o produto futebol mais atrativo. Esta edição serve como um teste para inovações que prometem dinamizar as competições, como a implementação de inteligência artificial em uma versão avançada da tecnologia de impedimento semiautomatizada (já usada em 2024), a instalação de câmeras corporais nos árbitros conectadas a transmissões ao vivo e até o uso de tablets pelas comissões técnicas para solicitar substituições de atletas durante os jogos.
O dinheiro da FIFA provém, basicamente, de patrocinadores de peso, incluindo DAZN, detentora exclusiva da exibição dos jogos pelo streaming; o Bank of America, um dos principais bancos do mundo e patrocinador da Copa do Mundo de 2026; a maior cervejaria do planeta, AB InBev, detentora de marcas como Budweiser e Michelob ULTRA; a multinacional de bebidas Coca-Cola; e a empresa chinesa de eletrônicos Hisense. A movimentação da FIFA para Miami também reflete uma aposta de longo prazo no crescimento do futebol nos EUA, um mercado que vive uma crescente valorização do esporte e atrai investimentos significativos em infraestrutura, mídia e publicidade.
A oportunidade única para clubes brasileiros
Para os times brasileiros, este Mundial representa uma oportunidade financeira sem precedentes. As premiações oferecidas equivalem a diversos patrocínios somados em um ano inteiro, podendo ser decisivas para equilibrar as contas, reduzir a dependência de receitas flutuantes e até aprimorar o poder de negociação na contratação de atletas que desejam. Além do impacto direto no caixa, a participação no torneio amplia a exposição global dos clubes, aumentando seu valor de mercado e sua atratividade para investidores.
Thales Rangel Mafia, Gerente de Marketing da Multimarcas Consórcios, enfatiza que, diferentemente dos patrocínios tradicionais que dependem de desempenho e cenários econômicos, a premiação fixa do Super Mundial oferece uma garantia financeira rara no futebol moderno, transformando uma única campanha em um legado econômico duradouro para os clubes brasileiros.
Ranking das maiores premiações até o momento:
- Bayern – US$ 58,925 milhões (R$ 319,84 milhões)
- PSG – US$ 56,525 milhões (R$ 306,82 milhões)
- Chelsea – US$ 54,225 milhões (R$ 294,33 milhões)
- Manchester City – US$ 52,41 milhões (R$ 287,18 milhões) – eliminado
- Real Madrid – US$ 49,1 milhões (R$ 266,51 milhões)5
- Palmeiras – US$ 39,835 milhões (R$ 216,22 milhões)5
- Fluminense – US$ 39,835 milhões (R$ 216,22 milhões)5
- Borussia Dortmund – US$ 39,6 milhões (R$ 214,95 milhões)5
- Inter de Milão – US$ 37,2 milhões (R$ 201,92 milhões) – eliminado5
- Al Hilal – US$ 34,175 milhões (R$ 185,63 milhões)5
