Depois de três dias sem fornecimento de energia elétrica, moradores de comunidades rurais de São Francisco do Maranhão, decidiram fazer uma manifestação na manhã desta quarta-feira (12) contra a Companhia Energética do Maranhão (CEMAR).
Nos protestos, moradores chegaram a interditar completamente a MA-278, arrancaram um poste da empresa, parte da rede elétrica foi quebrada e ainda colocaram bueiros na pista.
Várias localidades estão afetadas pelo problema, dentre elas Caraíbas do Norte, Novo Estado, Vão da Serra, Lagoa Seca, Lages, Ilha e Riacho Fundo.
Segundo informações, os moradores estão sem energia elétrica desde a noite do último domingo (9).
“Essa falta de respeito da Cemar para com os moradores já dura mais de dez anos. Cinco comunidades vêm sofrendo constantemente com essa falta de energia”, afirmou uma fonte que não teve a identificação informada.
A forma da manifestação divide opiniões no município. Há quem apoie e até participe do protesto. Por outro lado, há quem acredita que quebrar o patrimônio pode dificultar ainda mais a solução do problema.
“Isso só dificulta mais ainda. Há várias maneiras de fazer manifetação. Uma das melhores é se dirigir a um posto de atendimento”, considera um franciscoense.
O prefeito Adelbarto Santos estabeleceu contato com a empresa, dando conhecimento do ocorrido e a real situação vivenciada pelos moradores.
“A gente está indo agora com o pessoal da manutenção para uma reunião rápida e acalmar os ânimos. Nós temos que buscar uma solução imediata para depois termos uma definitiva. A população derrubou poste e a rede também. Isso dificulta o nosso trabalho”, afirmou o executivo de relacionamentos com clientes da regional Leste, Renato.
Na manifestação, cartazes feitos pelos moradores trazem mensagens como: “Reivindicamos o ligamento da energia, de Caraíbas ao povoado Vão da Serra” e também: “Já estamos há três dias sem energia na comunidade”
Quando nós pegamos o relatório de registro de reclamação de São Francisco, os números são muito baixos. Colocar uma equipe fixa no município custa caro, para isso é preciso que todos possam ter o protocolo em mãos em caso de falta de energia. Não deixem de, imediatamente, entrar em contato com a Cemar”, completou Renato em conversa com os moradores.
A Companhia não informou ainda qual a previsão do restabelecimento da energia nas comunidades afetadas.
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