Ministério Público recorre contra liberdade de acusado de mandar matar irmã em Paulistana

O Ministério Público do Piauí (MPPI) recorreu da decisão judicial que concedeu liberdade a Narciso Gomes, principal suspeito de ser o mandante do assassinato da própria irmã, a advogada Valdenice Gomes Celestino Soares. O crime, ocorrido em março deste ano em Paulistana, a 155 km de Picos, teria sido motivado por uma disputa de herança familiar. O MP argumenta que a soltura do acusado representa riscos significativos à ordem pública, às testemunhas e ao andamento do processo.

MP destaca riscos e pede prisão preventiva

De acordo com o Ministério Público, a permanência de Narciso Gomes em liberdade coloca em perigo a integridade de testemunhas e a lisura do processo judicial. Há relatos de intimidação e descumprimento de medidas protetivas por parte do acusado, o que agrava a preocupação. O órgão também sublinha a gravidade do crime e a influência que Narciso teria exercido sobre um outro irmão, apontado como o executor do homicídio.

A Procuradoria de Justiça considera que a prisão preventiva de Narciso é fundamental para garantir a segurança das pessoas envolvidas no caso e assegurar que o julgamento pelo Tribunal do Júri ocorra sem interferências externas.

Entenda o caso: Disputa por herança teria motivado o crime

O assassinato de Valdenice Gomes Celestino Soares chocou a cidade de Paulistana e a região. As investigações apontam que a motivação seria uma complexa disputa por uma propriedade de terra, uma herança que precisava ser dividida entre os irmãos. As discussões em torno dessa partilha teriam escalado, culminando na encomenda da morte da advogada.

Narciso Gomes foi preso anteriormente sob a acusação de ser o mandante, mas posteriormente obteve a liberdade. Agora, com a ação do Ministério Público, o caso ganha um novo desdobramento, com a tentativa de reverter a decisão de soltura e restabelecer a prisão preventiva do acusado.

Com informações da TV Cidade Verde