A mudança no programa de governo de Marina Silva (PSB) incomodou integrantes de movimentos pelos direitos humanos, especialmente os ligados a questões LGBT, ao redor do País. Ao mesmo tempo, porém, fez a popularidade da candidata crescer entre alguns dos membros mais conservadores da igreja evangélica. No mesmo dia, Silas Malafaia e Marco Feliciano, dois representantes bem conhecidos (e controversos) do grupo, usaram o Twitter para declarar apoio a ela em um possível segundo turno.
“No segundo turno vou com @silva_marina”, publicou Feliciano, nesta terça-feira, junto a uma notícia sobre a saída do dirigente de políticas LGBT da campanha da candidata. Líder da Assembleia de Deus, ele concorre à reeleição para deputado federal pelo PSC.
Pouco antes, o secretário nacional LGBT do PSB, Luciano Freitas, havia deixado a coordenação da campanha de Marina por não concordar com o recuo em seu programa de governo. As principais modificações no texto dizem respeito ao casamento civil igualitário: onde antes estava “apoiar propostas em defesa do casamento igualitário, com vistas para a aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional em tramitação, que garantem o direito ao casamento igualitário na Constituição Civil” foi colocado apenas “garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”. Além disso, “comprometer-se com a eliminação de obstáculos à adoção de crianças por casais homoafetivos” foi modificado para “dar tratamento igual aos casais adotantes”.
As tranformações aconteceram logo depois que Malafaia criticou publicamente o texto inicial, alegando que era uma “vergonha pior que os programas do PT e do PSDB”.
Fonte:Terra
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