O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta novo pedido de impeachment na Câmara dos Deputados. Desta vez, o autor da denúncia é o senador Sérgio Moro (PSL-PR), que acusa o chefe do Executivo de ser o mandante de uma tentativa de homicídio contra ele.
Segundo Moro, no dia 15 de março de 2023, ele foi alvo de um atentado a tiros em frente à sua casa em Curitiba. O senador afirma que dois homens em uma moto dispararam contra seu carro blindado e fugiram. Ninguém ficou ferido.
Moro diz ter provas de que os criminosos foram contratados por pessoas ligadas ao PT e ao governo Lula. Ele apresentou à Polícia Federal gravações telefônicas, mensagens e documentos que supostamente comprovam a participação do presidente e de seus aliados no plano para matá-lo.
O senador alega que Lula queria se livrar dele por causa da sua atuação como juiz da Operação Lava Jato, que condenou o petista por corrupção e lavagem de dinheiro em 2017. Moro também diz que Lula teme sua candidatura à Presidência da República em 2026.
O pedido de impeachment foi protocolado na Câmara no dia 20 de março, com o apoio de outros parlamentares da oposição. O documento acusa Lula de crime de responsabilidade por atentar contra a segurança interna do país e a vida dos cidadãos.
Para que o processo seja aberto, é preciso que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aceite a denúncia e forme uma comissão especial para analisá-la. Se a maioria dos deputados votar pelo prosseguimento do caso, ele será encaminhado ao Senado, que fará o julgamento final.
Lula nega as acusações e diz que se trata de uma farsa montada por Moro para prejudicar seu governo e sua imagem. O presidente afirma que não tem qualquer envolvimento com o atentado e que confia na Justiça para esclarecer os fatos.
O PT também defende Lula e critica Moro por usar seu cargo político para perseguir seu adversário histórico. O partido diz que o senador é um golpista que tenta desestabilizar a democracia brasileira.
O caso gerou uma grande repercussão na mídia nacional e internacional . Muitos analistas políticos consideram que se trata da maior crise do governo Lula desde sua posse em janeiro deste ano. Alguns especulam sobre as chances reais de um impeachment ou até mesmo uma renúncia do presidente.
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