O Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa básica de juros, a Selic, em 15% ao ano e sinalizou que a estratégia é sustentar esse patamar “por período bastante prolongado”. A decisão do Banco Central (BC) reflete o cenário de incertezas externas e a moderação observada no crescimento interno, conforme a ata divulgada pelo colegiado.
A manutenção da Selic é o principal instrumento utilizado pelo BC para garantir que a meta da inflação seja alcançada. O ajuste nos juros básicos impacta diretamente a atividade econômica do país.
O mecanismo: Como a Selic alta afeta o crédito e a demanda
A finalidade de se manter a Selic alta é conter a demanda que esteja aquecida na economia. Isso ocorre porque taxas elevadas encarecem o crédito disponível ao consumidor e, ao mesmo tempo, estimulam a poupança.
No entanto, taxas de juros mais altas também podem dificultar a expansão da economia. A redução da Selic, por outro lado, tem o efeito de baratear o crédito.
Quando o crédito se torna mais acessível, há um incentivo direto à produção e ao consumo. Esse movimento tende a estimular a atividade econômica em geral.
Projeções de juros indicam queda apenas no longo prazo
Apesar da manutenção da taxa atual, as expectativas do mercado financeiro apontam para uma queda gradual dos juros nos próximos anos.
Segundo o boletim Focus, a estimativa dos analistas é que a taxa básica Selic encerre 2025 ainda em 15% ao ano.
As projeções de redução significativa se concentram no longo prazo. Para o fim de 2026, a expectativa é que a Selic caia para 12,25% ao ano.
A previsão mais distante, para 2028, é que os juros básicos sejam reduzidos novamente, atingindo o patamar de 10% ao ano.

Com informações do site Jovem Pan
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