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Juiz dos EUA rejeita pedido de fusão da Microsoft com a Activision

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Juiz rejeita contestação de aquisição de US$ 69 bilhões em um golpe nos esforços para reprimir a consolidação econômica no setor de tecnologia.

Um juiz dos Estados Unidos se recusou a impedir que a gigante da tecnologia Microsoft adquirisse a produtora de videogames Activision – um revés para o governo do presidente dos EUA, Joe Biden, que tentou limitar a consolidação no setor de tecnologia.

Em uma decisão na terça-feira, a juíza distrital Jacqueline Scott Corley rejeitou uma oferta da Federal Trade Commission (FTC) para interromper temporariamente a aquisição da empresa de videogames pela Microsoft por US$ 69 bilhões.

“Estamos desapontados com este resultado, dada a clara ameaça que esta fusão representa para a concorrência aberta em jogos em nuvem, serviços de assinatura e consoles”, disse o porta-voz da FTC, Douglas Farrar. “Nos próximos dias, anunciaremos nosso próximo passo para continuar nossa luta para preservar a concorrência e proteger os consumidores.”

A decisão representa uma vitória para a Microsoft e um revés para os reguladores federais que perseguem casos antitruste.

Sob o governo Biden, a FTC, comandada por Lina Khan, adotou uma postura mais dura contra atividades potencialmente monopolistas de gigantes da tecnologia como Amazon, Alphabet, dona do Google, e Meta, controladora do Facebook.

A agência reguladora federal pediu a Corley que emitisse uma liminar temporária até que o juiz interno da agência pudesse revisar a fusão em agosto.

A FTC argumentou que o acordo daria à Microsoft o controle sobre jogos da Activision como Call of Duty, potencialmente restringindo seu uso em consoles de marcas rivais.

Durante o teste de cinco dias, ocorrido em junho, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, disse que a empresa não teria incentivo para restringir o uso de jogos da Activision em outros consoles.

Corley ficou do lado das empresas de tecnologia, afirmando que a FTC falhou em demonstrar que o acordo prejudicaria a concorrência.

“A FTC não demonstrou probabilidade de prevalecer em sua alegação de que essa fusão vertical específica nesse setor específico pode diminuir substancialmente a concorrência”, diz a decisão de Corley. “Pelo contrário, a evidência recorde aponta para mais acesso do consumidor ao Call of Duty e outros conteúdos da Activision.”

A União Europeia também aprovou a fusão em maio, embora os reguladores do Reino Unido tenham agido para bloquear o negócio e considerarão propostas para reestruturá-lo.

As ações da Activision dispararam cerca de 5,6% após a notícia, e o presidente da Microsoft, Brad Smith, afirmou que estava “grato” por uma “decisão rápida e completa” em um post no Twitter.


Com informações do site Al Jazeera

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