Mais cedo, a Rússia havia detectado o lançamento, que aconteceu às 9h15 locais (3h15 em Brasília), de um ponto no Mediterrâneo central em direção ao leste, onde está a Síria. Os disparos foram detectados pelo sistema de alerta de Armavir, no sul da Rússia.
Moscou afirmou que os artefatos militares caíram no mar Mediterrâneo antes de chegar perto da Síria. Já a agência russa RIA Novosti e o jornal libanês "Al Manar" informaram que os mísseis não haviam caído no território do país árabe.
O governo israelense afirma que o teste foi feito com mísseis do tipo Ancor, usados como iscas para as provas do sistema antimísseis Arrow, instalado em uma base da Força Aérea na região central do Estado judaico.
Em nota, a Marinha dos Estados Unidos negou qualquer envolvimento nos disparos. Ontem chegou ao Mediterrâneo um navio militar americano, que se posicionou perto da costa síria, em um sinal da iminência de uma intervenção no conflito entre o regime de Bashar al-Assad e os rebeldes, que dura dois anos e meio.
A embarcação entrou no Mediterrâneo três dias após o presidente americano, Barack Obama, ter afirmado que estava pronto para uma ação armada na Síria, em represália ao suposto ataque químico que, para Washington, foi realizado pelas tropas de Assad.
Segundo os americanos, que acusam Assad, a ação deixou 1.429 mortos, sendo 426 crianças. Se confirmado, será o pior incidente com armas químicas em 25 anos. A França também acusa o regime sírio de fazer o bombardeio com gás venenoso que, nas contas dos franceses, deixou 281 mortos.
No entanto, Obama consultará o Congresso americano sobre o ataque à Síria, que deverá ser avaliado pelos parlamentares na próxima semana, quando os legisladores voltam do recesso de verão no Hemisfério Norte.