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Mercado de Trabalho: informalidade no Brasil atinge patamar histórico em maio

O mercado de trabalho brasileiro alcançou um marco significativo com a queda da taxa de informalidade para 37,8% da população ocupada no trimestre encerrado em maio, um patamar que, ao se excluir o ano de 2020 devido à pandemia, representa a menor taxa já registrada no país, superando a mínima de 38,2% do início da série histórica em 2012. William Kratochwill, analista da Pnad Contínua no IBGE, ressalta que esta é a terceira menor taxa de informalidade em toda a série histórica. No ápice da informalidade, em meados de 2019, o índice chegou a 41% da população ocupada, enquanto no início do atual governo estava em 38,9%.

Informalidade no Brasil cai com histórico em maio atingindo 37,8%
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Atualmente, 39,3 milhões de trabalhadores atuam na informalidade, enquanto o número de trabalhadores com carteira assinada (CLT) no setor privado atingiu um recorde de 39,8 milhões de pessoas. A taxa de desemprego também apresentou queda, chegando a 6,2% no trimestre encerrado em maio, frente a 6,8% no trimestre móvel anterior e 7,1% no mesmo período de 2024. Kratochwill explica que esse baixo patamar de informalidade é um reflexo do aquecimento do mercado de trabalho, que tem demonstrado uma recuperação consistente desde o fim da pandemia, sendo capaz de absorver a mão de obra subutilizada. O país também registra um recorde de 68,297 milhões de trabalhadores ocupados contribuindo para a previdência social no mesmo período.

Esse aquecimento impulsiona tanto as contratações CLT quanto a formalização de empreendedores por meio da criação de CNPJs, incluindo os MEIs. Bruno Imaizumi, economista da LCA 4intelligence, concorda que o mercado aquecido é a principal razão para o aumento da formalização, complementando que a reforma trabalhista de 2016 e a digitalização/desburocratização também contribuíram ao reduzir litígios e facilitar a abertura de empresas. A massa salarial habitual do país também atingiu um novo recorde de R$ 354,6 bilhões, um crescimento impulsionado principalmente pela expansão do volume de ocupados. Apesar da política monetária contracionista e da taxa Selic em 15% ao ano, o IBGE não observa impactos negativos no mercado de trabalho, que continua avançando e resistindo, e historicamente o segundo semestre tende a ser um período de maior aquecimento.

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