Guiné-Bissau suspende salário de professores para eliminar trabalhadores fictícios

O pequeno país da África Ocidental, que depende em grande parte da ajuda externa para pagar os salários do setor educacional, declarou guerra aos funcionários públicos fantasmas para conter sua massa salarial.

Uma decisão de 18 de julho do Conselho de Ministros do país, publicada na quinta-feira, também instruiu o ministério da educação a realizar um censo do número de funcionários.

A decisão afetará cerca de 8.000 professores das escolas primárias e secundárias do país, que ganham em média cerca de 50.000 francos CFA (US$ 86) por mês. A decisão atraiu ameaças de ação de um sindicato de professores.

O Fundo Monetário Internacional, que chegou a um acordo em nível de equipe para uma linha de crédito estendida de US $ 3,16 milhões para a Guiné-Bissau em maio, diz que o governo não cumpriu três de suas oito metas de reformas econômicas que deveriam ser cumpridas em março.

Uma das metas perdidas foi o teto salarial.

Domingos de Carvalho, presidente do Sindicato Nacional dos Professores de Bissau, disse que o sindicato vai recorrer da decisão que considerou injusta.

“Não estamos planejando nenhuma ação grevista, mas estamos pensando em encontrar outras formas efetivas de reagir”, disse Carvalho.

O país tem uma população de 2,1 milhões de pessoas e uma taxa de alfabetização de 56%.