A greve dos rodoviários que afetou o transporte público em São Luís, no Maranhão, chegou ao fim na manhã deste domingo, 28 de dezembro de 2025, após cinco dias de paralisação. O encerramento do movimento ocorreu após uma reunião entre representantes dos trabalhadores, das empresas e do Sindicato das Empresas de Transporte (SET), resultando em um acordo que garante a retomada imediata da operação integral das linhas.
Detalhes do acordo e retorno das operações
O acordo firmado na sede da empresa 1001/Expresso Rei de França estabelece o retorno imediato das atividades. Os rodoviários escalados para o segundo turno deste domingo já retomaram o trabalho, normalizando o sistema de transporte público na capital maranhense. Entre os pontos definidos, destacam-se a garantia de pagamento integral dos dias de paralisação, sem descontos nos salários ou tíquetes-alimentação referentes aos dias parados na folha de dezembro.
Para assegurar a quitação dos valores devidos e promover maior transparência na arrecadação das empresas, foi criada uma comissão de trabalhadores. Esta comissão acompanhará diariamente a prestação de contas da bilhetagem eletrônica. O termo de compromisso será homologado no Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-16), encerrando as disputas judiciais relacionadas à greve. O Sindicato das Empresas de Transporte (SET) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Maranhão (STTREMA) comunicarão o acordo à Justiça do Trabalho para a baixa dos processos.
Contexto da paralisação e intervenção judicial
A paralisação teve início em 24 de dezembro e atingiu as empresas 1001/Expresso Rei de França e Expresso Grapiúna, que integram o Consórcio Via SL. O movimento foi motivado por atrasos no pagamento do 13º salário e de adiantamentos salariais. A defesa do Consórcio Via SL alegou que a crise financeira resultou de bloqueios de subsídios realizados pela Prefeitura de São Luís. Por sua vez, o município afirmou que houve inexecução contratual grave por parte das empresas.
Neste sábado (27), o Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região havia determinado que ao menos 80% da frota de ônibus do Consórcio Via SL circulasse em São Luís. A decisão, assinada pela desembargadora Márcia Andrea Farias da Silva, impôs multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento e proibiu formas de protesto como “operação catraca livre” ou bloqueios de garagens. A desembargadora destacou que o transporte coletivo é um serviço essencial e considerou a paralisação total, iniciada antes do prazo legal, como abusiva.
Diante da crise, o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD), anunciou na sexta-feira, 26 de dezembro, a abertura de um processo de caducidade contra o Consórcio Via SL, que pode levar à rescisão do contrato de concessão. A gestão municipal já busca uma nova operadora para assumir as linhas afetadas pela paralisação, que impactou milhares de moradores do município.
Ônibus voltam a circular em São Luís, Maranhão, após acordo que encerrou a greve de rodoviários de cinco dias.
Com informações do g1
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