A Polícia Federal investiga uma fraude no Programa Nacional de desenvolvimento da Agricultura Familiar Pronaf, que teria envolvimento de uma entidade do Rio Grande do Sul. Segundo as investigações, o grupo teria desviado R$ 80 milhões e parte do dinheiro teria sido usada em campanhas políticas.
Os financiamentos foram feitos via Aspac, uma associação de agricultores que funciona em Santa Cruz do Sul, no interior do Estado. Segundo as investigações, a entidade acessava o crédito rural em nome dos produtores.
As supostas irregularidades foram constatadas a partir do relato de agricultores que buscaram o financiamento do governo federal, assumiram a dívida, mas nunca receberam o dinheiro.
A maioria das vítimas relata que assinou documentos sem saber do que, de fato, se tratava. Seriam autorizações para tranferir parte do recurso financiado pelo produtor para a conta da associação. Em documento obtido pela Band um agricultor autoriza a transferência de R$ 2,3 mil.
Mais de seis mil produtores fizeram empréstimos pelo Pronaf na região. A investigação, no entanto, não comnfirma quantos foram vítimas da suposta fraude. A Polícia Federal apura se os desvios foram usados nas campanhas eleitorais.
Uma das suspeitas é de que membros do PT gaúcho estejam envolvidos. O deputado Elvino Bohn Gass PT-RS é citado em escutas telefônicas. Mas ele nega envolvimento e pede que haja uma “investigação séria” sobre o caso.
Outro suspeito envolvimento na fraude é um vereador de Santa Cruz do Sul. Wilson Rabuske PT e a mulher dele são acusados de ter recebido R$ 1 milhão de forma irregular. O advogado do vereador, Luiz Pedro Swarovsky, diz que o cliente “é humilde” e nega as denúncias.
A Aspac foi descredenciada pelo programa do governo federal na última sexta-feira
via Band
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