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São Francisco do Maranhão sedia Fórum Comunitário para conquistar o Selo UNICEF

São Francisco do Maranhão sediou nessa quinta-feira (11) o I Fórum Comunitário do Selo UNICEF (edição 2025-2028), um evento de grande relevância para a formulação e avaliação de políticas públicas voltadas para crianças e adolescentes no estado. O encontro, que reuniu diversos setores da sociedade e da gestão municipal, destacou a importância de ações integradas para a garantia dos direitos da juventude maranhense.

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A coordenadora do Selo UNICEF, Michelle, abriu o fórum ressaltando que o objetivo vai além da obtenção de um certificado. Ela enfatizou que o Selo é um compromisso contínuo com o futuro das novas gerações. “Hoje falamos sobre o compromisso, falamos sobre o futuro, falamos sobre crianças e adolescentes que são e sempre serão o principal indicador de que o município está no caminho certo”, afirmou, pontuando que é “uma alegria imensa estar aqui hoje porque falamos sobre algo que vai muito além de um certificado de um título ou de um reconhecimento”.

Foco na adolescência e Meio Ambiente

A mobilizadora da Adolescência, Graziele Fernandes, apresentou o plano de ação para 2025 a 2028 e a reativação do cadastro dos adolescentes no Núcleo de Cidadania de Adolescentes (NUCA). O plano abordará seis temas obrigatórios do UNICEF, como empoderamento de meninas, igualdade racial e mudanças climáticas, além de temas livres escolhidos pelos próprios jovens, incluindo discriminação, álcool e drogas, uso de anabolizantes, bullying e pobreza extrema.

Um dos pontos cruciais levantados por Graziele foi a saúde mental dos adolescentes, um problema em crescimento. “A gente vai abordar muito sobre a saúde mental. A gente sabe que tem um número crescente de adolescentes com ansiedade, depressão”, destacou. Na área da educação e trabalho, a meta é impulsionar o “projeto de vida” dos jovens, demonstrando que a educação é um caminho para o sucesso. “Precisamos mostrar para os adolescentes que eles podem chegar onde eles querem chegar através da educação”, completou, mencionando parcerias como o projeto “Atletas de Cristo” e solicitando apoio intersetorial para as ações.

A subsecretária do Meio Ambiente, Lurdinha, e o biólogo Júnior abordaram os desafios ambientais de São Francisco do Maranhão. Lurdinha apontou a falta de água como um problema histórico e o maior desafio do município, mesmo com a perfuração de poços em escolas. “O maior problema do nosso município é a falta de água. E nós sabemos que a água é vida”, enfatizou. Júnior detalhou a elaboração de um plano municipal focado na gestão de resíduos sólidos e seus impactos na saúde infanto-juvenil, buscando conscientizar estudantes e famílias através de palestras e atividades didáticas. “O objetivo geral é promover a conscientização ambiental e o cuidado com a saúde coletiva do meio ambiente que consequentemente será um benefício da nossa saúde”, afirmou Júnior.

Indicadores de Saúde e compromisso com a qualidade de vida

Na área da saúde, a enfermeira e coordenadora de Imunização, Anastácia, apresentou os indicadores monitorados pelo Selo UNICEF. O município de São Francisco do Maranhão obteve êxito na cobertura vacinal contra a poliomielite, atingindo 103,41% em 2025, superando a meta de 95% do Ministério da Saúde.

Quanto ao estado nutricional, a avaliação de peso e altura em crianças menores de 10 anos tem uma meta de 82,8%, alcançada por meio de busca ativa nas escolas pelo Programa Saúde na Escola (PSE). Anastácia reforçou o papel da família na alimentação, ressaltando que “A família, ela chega a ser espelho para a criança. […] Ela precisa de uma alimentação saudável, ela precisa de uma alimentação equilibrada para que tenha um bom desenvolvimento”.

Um desafio, segundo Anastácia, é a gravidez na adolescência, com 23 nascimentos de mães entre 10 e 19 anos em 2025, representando 19,82% do total de gestantes. As estratégias para enfrentar esses desafios incluem mutirões de avaliação nutricional, intensificação da vacinação e fortalecimento do PSE. “O Selo UNICEF ele veio com o propósito de quê? De qualificar e priorizar as políticas públicas”, concluiu Anastácia, reforçando o compromisso do município em melhorar os índices de saúde e bem-estar para as crianças e adolescentes do Maranhão.

Colaboração: Vando Clepi

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