Em uma conversa exclusiva com a Jovem Pan, realizada em São Paulo, o senador Flávio Bolsonaro não mediu palavras ao criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) e, em especial, o ministro Alexandre de Moraes. Segundo o senador, Moraes pratica “abuso de poder” e conduz processos com sentenças que já estariam pré-determinadas. Ele ressaltou que essas ações do STF têm prejudicado a democracia no Brasil e ainda criticou o Senado Federal por, em sua visão, não cumprir seu papel de equilíbrio entre os poderes.
“Democracia sequestrada” e “tarifaço”
“Tudo que temos feito é para buscar normalidade no nosso país. Infelizmente, a gente não tem instituições funcionando como deveriam, em especial o Senado Federal, que tem a responsabilidade constitucional de fazer esse equilíbrio entre os poderes… tudo que estamos fazendo é resgatar nossa democracia que foi sequestrada por Alexandre de Moraes nos últimos tempos”, afirmou o senador.
Flávio Bolsonaro também abordou as recentes sanções impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, atribuindo parte da responsabilidade ao governo de Lula e defendendo a imagem de sua família, relacionada ao “tarifaço”. “Não fui, não foi o Eduardo Bolsonaro, não foi ninguém da direita que colocou o Elon Musk como investigado no inquérito de fake news e que começou a tomar medidas aqui no Brasil com relação às pessoas que estavam fora. Quem infringiu a legislação americana foi o Alexandre de Moraes. Ele deu a razão para que os Estados Unidos viessem… quem provocou isso tudo não foi a gente, quem está levando o Brasil para essa situação é o Alexandre de Moraes”, declarou.
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Críticas a Lula e o cenário de 2026
O senador ainda chamou o presidente Lula de irresponsável, afirmando que ele parece um “bêbado”. “Parece que ele está feliz com o que está acontecendo. Então, não dá para colocar no nosso colo essa tarifa”, disse Flávio Bolsonaro.
A entrevista em São Paulo tocou também nas eleições de 2026, com o senador expressando confiança na possibilidade de Jair Bolsonaro concorrer, mesmo diante das inelegibilidades atuais. “Nós seremos a maioria, uma maioria ainda maior que a que temos hoje”, previu. E encerrou com uma projeção incisiva: “Lula não será presidente a partir de 2027”.

