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Casal luta por justiça | Filho enterrado como indigente
Um luto que já dilacerava a vida de Gabriel do Nascimento e Jheneffer Moraes transformou-se em desespero e uma revolta ainda maior. O casal, pais do bebê Gael, agora luta por justiça após ser informado de que o corpo do filho falecido no útero materno havia sido sepultado como indigente no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, sem qualquer tipo de consentimento ou comunicação prévia por parte da família.
Filho falecido no útero da mãe
A situação considerada trágica teve início em 24 de agosto, quando Gael, no sexto mês de gestação, morreu ainda no útero da mãe no Hospital Municipal Albert Schweitzer, em Realengo, Rio de Janeiro. A declaração de óbito aponta a causa como anóxia intrauterina, uma falta ou redução de oxigenação para o feto. No entanto, a dor da perda se intensificou quando os pais descobriram o sepultamento, que, segundo eles, ocorreu na sexta-feira (05), sem que pudessem sequer se despedir do filho.
Irregularidades e contradições no caso
O advogado do casal, Eduardo Cavalcanti, que representa os pais, denuncia uma série de irregularidades e contradições no caso. “Constatamos uma série de irregularidades, como divergência nas informações do hospital, divergência de informações da Rio Pax e o absurdo que foi a criança ser sepultada como indigente”, afirmou Cavalcanti. Diante dos fatos, o escritório de advocacia planeja requerer a exumação do corpo de Gael e a realização de exames de DNA para confirmar a identidade e as circunstâncias do sepultamento.
Em contrapartida, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que a família não providenciou o sepultamento do bebê no prazo de 72 horas após o óbito, o que levou à remoção do corpo pela prestadora de serviço em 5 de setembro. A concessionária Rio Pax, por sua vez, confirmou ter prestado o serviço funerário de forma gratuita, a pedido do Hospital Municipal Albert Schweitzer, e que o sepultamento ocorreu no mesmo dia 5 de setembro, no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju.
A Delegacia de Realengo está investigando o caso, que joga luz sobre os protocolos de saúde pública e serviços funerários no Rio de Janeiro. As versões conflitantes entre a família, as autoridades de saúde e a empresa funerária aprofundam o drama de Gabriel e Jheneffer, que agora buscam não apenas o direito de velar seu filho, mas também respostas e justiça para um sepultamento que consideram um ultraje à memória de Gael.

Com informações da Tupi FM
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