A fala de Trump no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça, trouxe uma rajada de ar fresco para executivos brasileiros preocupados com a relação entre EUA e China. Apesar da ameaça de elevação de tarifas comerciais ainda pairar no ar, o discurso de Trump foi considerado relativamente positivo, especialmente por amenizar as referências à China e sinalizar uma possível colaboração.
Reações dos brasileiros em Davos
Brasileiros presentes no evento destacaram a mudança de tom em relação ao gigante asiático. A fala de Trump sobre trabalhar em conjunto com a China e a suposta afinidade com Xi Jinping foram vistas como um sinal de distensão, amenizando o temor de uma guerra comercial.
“A mudança de tom de Trump em relação à China foi positiva”, afirmou Roberto Azevêdo, presidente de operações internacionais da Ambipar e ex-diretor-geral da OMC, ressaltando a importância da cooperação entre as duas potências.
Dúvidas na fala de Trump sobre tarifas comerciais
Apesar do otimismo cauteloso, a fala de Trump não dirimiu completamente as dúvidas sobre a política tarifária. A ameaça de aumento das taxas, um dos principais temores dos empresários em Davos, segue em aberto, deixando os brasileiros na expectativa. “É preciso esperar para ver quais promessas e ameaças serão concretizadas”, ponderou um executivo brasileiro que preferiu não se identificar.
Discurso de Trump sobre inflação e economia
Trump também demonstrou preocupação em relação à inflação, citando a queda dos preços do petróleo no mercado internacional como um fator que permitiria a redução das taxas de juros pelo Federal Reserve. A atenção dada ao tema, segundo os executivos, reflete a promessa de campanha de Trump de aliviar o bolso do consumidor americano.
Outras questões
As críticas de Trump à Europa, embora diretas, foram consideradas amenas, assim como suas declarações sobre políticas ambientais e energéticas. A fala de Trump, portanto, embora não tenha eliminado todas as incertezas, acalmou, ao menos momentaneamente, o temor dos brasileiros com uma possível escalada de tensão com a China.
Compartilhe este post