Um empresário de 42 anos morreu durante um exame de ressonância magnética em uma clínica particular em Santos, litoral de São Paulo. Fábio Motte Rodriguez Jardim realizava o exame pela primeira vez, por recomendação médica, para investigar queixas de sono frequente durante o dia.
Segundo informações, o empresário foi sedado para a realização da ressonância magnética da cabeça, procedimento comum em casos de pacientes que apresentam ansiedade ou claustrofobia. Durante o exame, Fábio sofreu um infarto fulminante e não resistiu. Um laudo médico do serviço de verificação de óbito considerou a morte como suspeita, e a família aguarda o resultado da necrópsia realizada pelo IML para determinar a causa exata do falecimento.
A utilização de sedação em exames de ressonância magnética, embora rotineira, é um procedimento que exige acompanhamento médico especializado. De acordo com Pedro Paniza, coordenador de Radiologia do Hospital Moriá, cerca de 5% a 10% dos pacientes podem apresentar ansiedade ou claustrofobia durante o exame. “A grande maioria das vezes é completamente reversível e, durante a conversa com o paciente, ele entende o que é o aparelho, como é feito o exame, e não é necessário realizar uma sedação ou anestesia”, explica o médico.
No entanto, em casos específicos, como o de crianças ou pacientes com dificuldade em controlar a ansiedade, a sedação se torna necessária para garantir a imobilidade durante a ressonância magnética. “O procedimento em si é acompanhado por um anestesista e é super seguro. É uma coisa que faz parte do nosso dia a dia, da nossa prática”, afirma Paniza.
A morte do empresário durante a ressonância magnética levanta questões sobre os procedimentos de segurança adotados pela clínica e a necessidade de uma investigação aprofundada sobre as circunstâncias do ocorrido.
Compartilhe este post