Dólar em Alta: Moeda Americana se Aproxima de R$ 5,60 com Remessas Recordes
O mercado financeiro brasileiro vivenciou um dia de instabilidade nesta segunda-feira (22), com o dólar comercial encerrando as negociações vendido a R$ 5,584. O valor representa uma alta de 0,99% em relação ao fechamento anterior, aproximando-se do patamar de R$ 5,60, visto pela última vez em 31 de julho.
Remessas de lucros e dividendos impulsionam cotação
A principal força motriz por trás da valorização do dólar foi o expressivo aumento das remessas de lucros e dividendos de empresas ao exterior. Grandes companhias estão aproveitando os últimos dias da legislação atual, que garante isenção fiscal para essas operações, antes da entrada em vigor da nova regra a partir de 1º de janeiro de 2026. A partir do próximo ano, as remessas de lucros e dividendos acima de R$ 50 mil por mês estarão sujeitas a 10% de Imposto de Renda (IR).
Embora a moeda americana acumule uma queda de 9,64% em 2025, o mês de dezembro registra uma valorização de 4,67%, evidenciando a pressão recente sobre a cotação do dólar em alta.
Bolsa de valores recua em meio à incerteza dos juros
Em contraste com a alta do dólar e as valorizações em mercados internacionais, a bolsa de valores brasileira teve um dia de perdas. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, fechou aos 158.142 pontos, com um recuo de 0,21%, quebrando uma sequência de duas altas.
A queda na bolsa é atribuída, em grande parte, à elevação dos juros futuros. A incerteza sobre quando o Banco Central (BC) iniciará a redução da Taxa Selic (juros básicos da economia) – se em janeiro ou março – tem gerado um repique nas taxas, tornando a renda fixa mais atrativa e estimulando a migração de investimentos da bolsa para essa modalidade. Mesmo com a aprovação do Orçamento de 2026 e a arrecadação recorde do governo em novembro, esses fatores não foram suficientes para sustentar o mercado de ações frente à pressão dos juros.
Com informações da Agência Brasil
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