O rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade era da categoria D, tinha 60 gramas de pólvora e só poderia ser vendido para maiores de 18 anos
O deputado estadual Carlos Minc (PT) quer proibir a venda de artefatos explosivos com alto poder ofensivo no Estado do Rio. Ele apresentou projeto de lei e espera que a aprovação ocorra antes do Carnaval. O rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade era da categoria D, tinha 60 gramas de pólvora e só poderia ser vendido para maiores de 18 anos.
“O projeto não proíbe todos os fogos; alguns são inofensivos. Ele proíbe aqueles que têm poder ofensivo de matar uma pessoa. A carga de pólvora ou explosivo será definida pela Secretaria Estadual de Segurança”, disse Minc.
“Não é possível alguém entrar em uma loja para comprar uma caixa desses explosivos e apontar para a cabeça de alguém”, disse Minc. Ele lembrou o caso em que um torcedor do Corinthians jogou um sinalizador contra torcedores do San José, durante uma partida na Bolívia, e matou um jovem de 14 anos, em fevereiro do ano passado.
“A questão é a seguinte: não podemos banalizar o uso dos artefatos. Se pode estourar o cérebro de uma pessoa a vários metros de distância, não pode qualquer um chegar e sair com 10 desses embaixo do braço.” O projeto será submetido à Comissão de Constituição e Justiça e, se aprovado, poderá seguir em regime de urgência para votação na Assembleia Legislativa.
Atingido em protesto, cinegrafista tem morte cerebral
Santiago foi atingido na cabeça por um rojão durante a cobertura de um protesto contra o aumento das passagens de ônibus no Centro do Rio de Janeiro, no dia 6 de fevereiro. Além dele, outras seis pessoas ficaram feridas na mesma manifestação.
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