A crise financeira dos Correios, com um prejuízo acumulado que já ultrapassa R$ 4,3 bilhões em 2025, levou a estatal a finalizar um Plano de Demissões Voluntárias (PDV) que visa desligar cerca de 10 mil empregados. A medida é considerada essencial pela atual gestão para recuperar a saúde financeira da empresa.
O resultado negativo registrado no segundo trimestre de 2025 foi quase cinco vezes maior que o mesmo período do ano anterior. A falta de caixa, com perdas mensais em torno de R$ 750 milhões, tem impactado pagamentos a fornecedores e comprometido o cumprimento dos prazos de entrega.
O PDV em fase de conclusão tem como objetivo principal reduzir a folha salarial em aproximadamente R$ 2 bilhões por ano. Os 10 mil empregados que serão desligados dos Correios representam cerca de 8,6% do quadro atual de 116 mil funcionários.
Para evitar o colapso nas finanças, a estatal busca a aprovação para levantar empréstimos da ordem de R$ 10 a R$ 20 bilhões. Além de focar na redução de pessoal, o órgão implementou outras medidas de corte de custos, como a suspensão temporária de férias até janeiro de 2026 e a redução da jornada de trabalho, o que implicou uma consequente queda salarial para alguns funcionários.
A crise financeira dos Correios e a reação do sindicato têm sido intensas. Representantes sindicais, como a Findect, criticam os cortes salariais e a falta de contratações desde o último concurso realizado em 2011. Sindicatos pleiteiam negociações para minimizar os impactos sociais das demissões e cortes.
A gestão admite que o equilíbrio financeiro é esperado apenas a médio prazo. A crise financeira dos Correios e a perspectiva de lucro indicam que a estatal só deve alcançar resultados positivos em 2027 ou depois, a depender da efetividade das medidas de reestruturação e das condições de mercado.
Com informações da Revista Oeste
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