Os corpos de duas irmãs, de 23 e 24 anos, desaparecidas desde a última quarta-feira (13), foram encontrados no sábado (16) em uma cova rasa no residencial Edgar Gayoso, na região da Santa Maria da Codipi. As vítimas, identificadas pelo Instituto de Medicina Legal (IML), moravam juntas com seus filhos, uma menina de 4 anos e um menino de 6.
Menina de 4 anos presenciou assassinato da mãe e tia
O IML confirmou a identidade das vítimas por meio de impressões digitais. “Há lesões nos corpos, mas ainda não podemos adiantar se houve tortura ou não. Os corpos devem ser liberados hoje para a família”, informou o médico legista Antônio Nunes.
Na noite do desaparecimento, as mulheres saíram de casa levando as crianças. O menino de 6 anos foi encontrado na casa de familiares na Zona Norte. Já a menina de 4 anos foi abandonada em frente a uma UBS por um homem não identificado.
A menina, que teria presenciado o crime, fez um relato chocante. “Ela falou tudo espontaneamente, nós conversamos com ela para tentar saber quem era a mãe dela, tentar encontrar a família, e ela contou que algumas pessoas bateram muito na mãe dela, cortaram o cabelo, rasparam o cabelo e depois deram um tiro”, disse Frederico Kayser, conselheiro tutelar que atendeu o caso.
“Ela contou também que estudava lá perto, procuramos escolas próximas para saber se alguém a reconhecia, mas ninguém a identificou como aluna. Quando retornamos ao conselho, familiares dela estavam lá”, completou Frederico. Devido à gravidade da situação, o Conselho Tutelar encaminhou a menina para um abrigo municipal, onde ela está recebendo acompanhamento psicológico e de assistentes sociais. O menino está sob os cuidados do avô.
Polícia investiga crime por facções rivais
A polícia investiga a possível relação do crime com o envolvimento das vítimas com facções criminosas. O delegado Francisco Costa, o Barêtta, responsável pelo caso, afirmou que as mulheres eram companheiras de dois homens presos por tráfico e roubo, membros de uma facção criminosa.
“Familiares das mulheres estiveram no DHPP e foram ouvidos. Segundo eles, elas saíram na quarta por volta das 20h e não deram mais noticias”, explicou o delegado Barêtta. Familiares relataram à polícia que as jovens estariam se relacionando com membros de uma facção rival, o que pode ter motivado o crime. A polícia segue investigando o caso.
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