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Ciro Nogueira descarta apoio a impeachment de Alexandre de Moraes: “Não vou perder tempo!”

O senador Ciro Nogueira (PP-PI), figura de destaque na oposição ao governo Lula e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, declarou nesta quarta-feira (6) em Brasília que não apoiará o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Em entrevista ao portal Metrópoles, o parlamentar classificou a pauta como “impossível” e “sem sucesso”, justificando sua posição por não haver viabilidade política para a aprovação da medida no Senado Federal.

Pragmatismo político justifica decisão do senador

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O senador, que acumula 32 anos de mandato e se descreve como uma pessoa “muito pragmática”, enfatizou sua relutância em “perder tempo com pautas que não vão ter sucesso”. Ele afirmou categoricamente: “Não assinei, nem vou assinar impeachment de Moraes! É uma pauta impossível (…) essa pauta eu não vou perder tempo com ela!”.

O ex-ministro da Casa Civil de Bolsonaro argumentou que a atual composição do Senado não oferece as condições necessárias para aprovar tal medida, que exigiria ao menos 54 votos favoráveis. Além disso, o senador destacou que a abertura de um processo de impeachment também depende da vontade do comando da Casa. “Pode chegar com 80 assinaturas que Davi Alcolumbre [União-PA] não avança com o pedido”, disse Ciro Nogueira, referindo-se ao presidente do Senado Federal.

Senador relembra impeachment de Dilma como exemplo de viabilidade

A declaração de Nogueira marca uma inflexão no discurso de parte da oposição ao governo Lula, especialmente entre senadores que têm criticado veementemente o Supremo Tribunal Federal e as ações de Alexandre de Moraes. Essa pressão se intensificou após o governo dos Estados Unidos aplicar sanções a Moraes por meio da Lei Magnitsky.

Em sua entrevista, o senador Ciro Nogueira relembrou sua participação no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, em 2016. Naquela ocasião, ele articulou a adesão do Progressista e de partidos do centrão à destituição da petista, um movimento que, segundo ele, teve sucesso por possuir “tanto base jurídica quanto apoio político”. Nogueira comparou: “Ali tínhamos uma pauta que vencemos e tínhamos condição de vencer”.

Ciro Nogueira Alexandre de Moraes

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