Last updated on 30 de setembro de 2025

Contrabando de barbatanas | Denúncias
Dois chineses foram detidos nesta quarta-feira (25) em Parnaíba, no litoral do Piauí, sob suspeita de contrabando de barbatanas de tubarões e cavalos-marinhos, após uma investigação motivada por denúncias de vizinhos.
A operação foi conduzida pela Polícia Federal (PF), com apoio da Polícia Ambiental e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. A ação ocorre dois anos após a primeira denúncia, quando moradores do bairro Nova Parnaíba “se incomodaram com o forte cheiro de peixe vindo da casa”.
Na residência utilizada pelos suspeitos, foram apreendidas 81 caixas cheias. O material totalizou aproximadamente 2 toneladas, incluindo centenas de barbatanas espalhadas pelo chão e cavalos-marinhos que estavam congelados em freezers.
Investigação e apreensão do material
Vizinhos relataram que os detidos traziam o material para o imóvel durante a madrugada. A investigação também encontrou comprovantes de pagamentos bancários, sugerindo as movimentações financeiras ligadas ao comércio ilegal do produto.
O delegado Albert Sérvio, da Polícia Federal, informou que o material apreendido “provavelmente seria enviado para São Paulo”. Durante a vistoria, os agentes identificaram ainda uma ligação clandestina de energia elétrica na residência, conhecida popularmente como “gato de energia”. Os chineses detidos foram levados à sede da PF em Parnaíba e permanecem à disposição da Justiça.
Proibição de finning e penalidades
A legislação brasileira proíbe a “captura e o comércio de barbatanas de tubarões” por considerar a prática um crime ambiental que ameaça a sobrevivência das espécies marinhas. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) é o órgão responsável por fiscalizar e aplicar sanções contra quem mantém ou transporta esse tipo de material.
O Brasil é signatário de acordos internacionais que combatem o chamado “finning”. Essa prática, condenada por organizações ambientais, consiste na retirada das barbatanas com o animal devolvido ao mar ainda vivo. A pena para crimes de contrabando de barbatanas e infrações ambientais pode incluir prisão, multa e perda de todo o material apreendido.
Com informações do site Cidade Verde
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