O mundo acompanha com pesar a notícia do falecimento de Papa Francisco, aos 88 anos, em 21 de abril de 2025. O anúncio da morte de Francisco foi feito pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo do Vaticano. A causa da morte de Papa Francisco está ligada a um agravamento de seu quadro respiratório, conforme informações divulgadas pelo Vaticano.
Histórico de saúde do Papa Francisco e problemas respiratórios
O histórico de saúde de Papa Francisco já apontava para fragilidades, especialmente no sistema respiratório. No início de 2025, o pontífice argentino enfrentou diversos episódios de dificuldades respiratórias, chegando a ser internado por quase 40 dias no Hospital Gemelli, em Roma, recebendo alta em 23 de março. Durante essa internação, foi diagnosticada pneumonia em ambos os pulmões, uma condição que pode causar inflamação e dificultar a respiração. O Vaticano descreveu a infecção como “complexa”.
Durante seu período no hospital, Francisco apresentou diferentes quadros clínicos, com momentos de melhora e piora. Ele sofreu uma “crise respiratória prolongada semelhante à asma” e precisou de ventilação mecânica não invasiva. Seu prognóstico foi considerado “reservado” pelos médicos. É importante lembrar que, quando jovem, Papa Francisco teve parte de um dos pulmões removida devido a uma pleurisia.
Internação e agravamento do quadro clínico em 2025
A internação de fevereiro de 2025, inicialmente por uma bronquite que causava graves dificuldades respiratórias, revelou a extensão dos problemas pulmonares do Papa. Apesar da alta hospitalar em março, sua saúde permaneceu delicada. No domingo de Páscoa, poucos dias antes de seu falecimento, Papa Francisco fez uma breve aparição na sacada da Basílica de São Pedro, demonstrando sua fragilidade. A leitura de sua mensagem foi realizada por um arcebispo. Esse evento antecedeu o agravamento do quadro respiratório que culminou em sua morte na manhã de 21 de abril.
O anúncio da morte pelo Vaticano e a mensagem do Cardeal Farrell
O anúncio oficial da morte do Papa Francisco foi feito na manhã desta segunda-feira, diretamente da Capela da Casa Santa Marta, no Vaticano, pelo cardeal Kevin Farrell, camerlengo da Igreja. Em seu comunicado, Farrell expressou profunda tristeza e informou que “às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai”. O cardeal destacou que toda a vida do pontífice foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja, ensinando a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados.
Repercussão e condolências de líderes internacionais
A notícia do falecimento de Papa Francisco gerou uma onda de reações e condolências de líderes internacionais. Chefes de governo e autoridades de diversos países expressaram seu pesar e reconheceram o legado do pontífice. O vice-presidente dos Estados Unidos, J.D. Vance, que se encontrou com o Papa no domingo, lamentou a perda. A presidente da Comissão Europeia, Úrsula von der Leyen, também enviou suas condolências. A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, que visitou o Papa durante sua internação, expressou profunda tristeza pela perda de “um grande homem, um grande pastor”. O presidente da França, Emmanuel Macron, também manifestou seu luto.
Os rituais da Igreja Católica após a morte do Papa e o período de “Sede Vacante“
Com a morte do Papa Francisco, a Igreja Católica Romana inicia um período conhecido como “Sede Vacante” (Sé Vaga). O cardeal camerlengo, Kevin Farrell, assume os assuntos cotidianos da Igreja até a eleição de um novo Papa. Tradicionalmente, o camerlengo certifica a morte e destrói o “Anel do Pescador”. Cardeais de todo o mundo se reunirão em congregações gerais para decidir sobre a data do funeral e organizar os nove dias de luto, os “novemdiales”. O próprio Papa Francisco manifestou o desejo de ser enterrado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma.
O legado de Papa Francisco e a preparação para o conclave
Papa Francisco, o primeiro pontífice das Américas e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo, marcou a história da Igreja. Seu pontificado foi caracterizado pela defesa dos pobres, dos migrantes, do meio ambiente e pela busca por justiça social. Após o período de luto, será convocado o conclave, onde os cardeais eleitores com menos de 80 anos se reunirão na Capela Sistina para eleger o sucessor de Francisco. O processo de eleição envolve votações secretas e a emissão de fumaça preta (sem sucesso) ou branca (eleição do novo Papa).
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