Caso Micron preocupa empresas americanas na China, diz câmara empresarial

“É uma grande preocupação porque a China carece de transparência em muitas convenções de leis e políticas, e esta é uma delas”, disse Ross.

No final de março, o regulador do ciberespaço da China disse que conduziria uma revisão de segurança cibernética dos produtos vendidos pela Micron Technology para “evitar riscos ocultos e salvaguardar a segurança nacional”.

Os comentários de Ross foram feitos durante uma mesa redonda da mídia após o lançamento da pesquisa da câmara de Pequim sobre o sentimento empresarial, que coletou respostas de 109 empresas americanas que operam na China no período de 18 a 20 de abril deste ano.

Os resultados da pesquisa mostraram que os entrevistados estavam mais otimistas sobre as perspectivas de negócios na China em comparação com a pesquisa anterior realizada no final de 2022, antes de o governo suspender os controles do COVID-19.

No entanto, mais empresas estão preocupadas com o fato de que o agravamento das relações EUA-China afetará as operações. Cerca de 87% dos entrevistados afirmaram estar pelo menos um pouco pessimistas sobre o relacionamento bilateral dos dois países, 14 pontos percentuais a mais que na pesquisa anterior.

Michael Hart, presidente da AmCham China, disse que a pesquisa mostrou que as empresas americanas sentem que o ambiente geral para investimentos na China está se tornando menos previsível do que antes.

A Micron disse que cooperaria com a investigação e que seus embarques e operações na China permanecem inalterados. A revisão ocorre em meio a uma onda de restrições à exportação de Washington em 2022 que visava o setor de chips da China.

Reportagem de Josh Horwitz Edição de Bernadette Baum

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