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Brasil avalia impactos dos tarifaços de Donald Trump e considera resposta

O anúncio de sobretaxas impostas pelo governo de Donald Trump aos produtos brasileiros gerou reações imediatas no Brasil, com o governo avaliando medidas e setores afetados calculando os possíveis impactos. Apesar da preocupação, o índice Bovespa registrou estabilidade e o dólar fechou em baixa após a divulgação da decisão americana.

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Para a Associação Brasileira da Indústria de Calçados, que tem nos Estados Unidos seu principal comprador, a tarifa média para entrar no mercado americano deve subir de 17% para 27%. Contudo, o presidente da associação ponderou que outros países enfrentarão sobretaxas ainda maiores, o que pode manter o Brasil mais competitivo em relação aos exportadores asiáticos de calçados.

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) planeja enviar uma missão para negociar com o governo americano, buscando uma agenda de abertura mútua e negócios benéficos para ambos os lados. Caso as negociações não prosperem, a CNI se posicionará para tentar influenciar medidas compensatórias.

O presidente Lula declarou que o governo brasileiro está avaliando medidas diante do “tarifaço” e exigiu reciprocidade, afirmando que o Brasil responderá a qualquer tentativa de impor um protecionismo que não se justifica no cenário global atual. Apesar do tom firme, o governo pretende priorizar o diálogo, mas está preparado para retaliar, amparado por um projeto aprovado no Congresso que permite a adoção de medidas equivalentes no comércio internacional. O Palácio do Planalto também não descarta recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC).

O presidente da Apex Brasil destacou que a ação direta de taxar produtos de um país é um evento sério e grave que pode alterar significativamente a geografia econômica mundial. Um dia após o anúncio de Trump, a Embaixada dos Estados Unidos no Brasil divulgou um comunicado citando o Brasil entre os países que dificultam os esforços da economia americana para promover a sustentabilidade, e afirmou que o presidente Trump se recusa a permitir que os Estados Unidos sejam explorados.

No mercado financeiro, o dólar acompanhou a desvalorização global da moeda e caiu 1,23%, fechando a R$ 5,63, enquanto a bolsa de valores encerrou o dia estável. As próximas semanas serão cruciais para entender a profundidade dos efeitos dos tarifaços de Donald Trump e as medidas que o Brasil adotará em resposta.

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