A cerimônia de posse de Donald Trump, marcada para o dia 20, atrai atenções, especialmente pela presença incerta do ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi convidado para o evento, mas enfrenta um obstáculo significativo: seu passaporte está retido. O documento foi apreendido durante uma operação da Polícia Federal em fevereiro de 2020 e, apesar de ter sido devolvido, agora precisa de uma autorização especial para que ele possa viajar.
Os advogados de Bolsonaro recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar liberar o documento, mas há um entendimento nos corredores do STF de que o documento não será liberado. A justificativa para essa possível negativa é a ida do ex-presidente a uma embaixada, interpretada como uma tentativa de refúgio. Bolsonaro já esclareceu que não tinha intenção de fugir, mas isso não mudou a percepção do STF.
Apesar da incerteza sobre a presença de Bolsonaro, seu filho, Eduardo Bolsonaro, está confirmado na posse de Trump. A ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, também está se organizando para comparecer, mas depende da liberação do passaporte do marido.
No Congresso Nacional, a expectativa inicial de uma grande comitiva de parlamentares acompanhando Bolsonaro diminuiu consideravelmente. Alguns parlamentares desistiram de ir à cerimônia de posse devido à falta de um convite oficial, o que os impediria de acessar o evento e os deixaria do lado de fora.
Para o ex-presidente, mesmo com a possível ausência, o convite e a movimentação em torno do caso são importantes. De acordo com a fonte, a situação permite que ele se coloque como vítima de perseguição, o que é positivo para sua base política. Independentemente da liberação do passaporte, o fato de Jair Bolsonaro ter recebido o convite para a posse de Trump já é visto como uma vitória política.
