Brasília, 18 de julho de 2025 — O ex-presidente Jair Bolsonaro tornou-se alvo de uma operação da Polícia Federal na manhã desta sexta-feira em Brasília. A ação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da petição sigilosa PET 14.129, incluiu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao político, como sua residência no bairro Jardim Botânico e seu escritório na sede do Partido Liberal (PL).
A representação policial que culminou na operação teve o aval da Procuradoria-Geral da República (PGR) e está ligada a crimes de coação no curso do processo, obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional. Como parte das medidas cautelares, Bolsonaro deverá usar tornozeleira eletrônica, cumprir recolhimento domiciliar, e está proibido de se comunicar com diplomatas e embaixadores, de se aproximar de embaixadas e de outros réus e investigados, além de ter o acesso às redes sociais vedado.
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É importante notar que o ex-presidente já responde ao STF por uma denúncia da PGR em outras cinco frentes criminais: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado. Em uma entrevista recente à CNN Brasil, Bolsonaro expressou indignação com a denúncia da PGR, pela qual pode ser condenado a até 43 anos de prisão, e negou intenções de pedir asilo internacional ou deixar o país.
A repercussão em Brasília e em todo o país é intensa. Nas redes sociais e em comentários públicos, as opiniões se dividem. Walter Luís Lot Pontes, por exemplo, questionou se a medida não seria “mais uma prova de cerceamento da liberdade”. Elizabeth Pileggi defendeu Bolsonaro como um “homem extraordinariamente corajoso, inabalável em seus princípios, honesto, íntegro e profundamente justo”, criticando o que chamou de “desgoverno” e a “Taxa Moares”, sugerindo que “a Lei Magnitsky os alcançará um a um”. Outros, como Paulo Nunes Marques, expressaram a expectativa de vê-lo na prisão. Josué Sehnem, por sua vez, manifestou que, após as ações do filho de Bolsonaro, não pode mais defendê-lo, criticando a ideia de “correr como covarde para o Trump”. A operação gerou comentários como “Absurdo! O Brasil não vai se calar” de Antonio Saggese Netto10, enquanto Denis R. ponderou que “Bolsonaro já está em prisão domiciliar”, considerando-o “um símbolo de um movimento forte e que veio para ficar”.

Com informações da Revista Oeste
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